Praça Central. Évora: a luta contra a pulverização de votos

Ao contrário do passado, em que a CDU chegou a ter mais de 70 por cento dos votos, concentrando todo o poder na Câmara de Évora, elegendo 6 em 7 vereadores, Nas últimas eleições autárquicas houve uma pulverização de votos. Quatro forças dividem os sete vereadores, com CDU, PS e PSD/CDS com 2 eleitos cada.

Paulo Nobre /
Com uma dívida cujo valor se enreda nos argumentos políticos, mas que deve estar próxima dos 50 milhões de euros, a autarquia de Évora passa por momentos complicados, numa altura em que a cidade vai ser Capital Europeia da Cultura em 2027 e tem em execução projetos de importância maior para o desenvolvimento do concelho.

Nestas eleições surgem figuras centrais como por exemplo o eurodeputado e ex-líder parlamentar do PCP, João Oliveira, como candidato da CDU a tentar manter o poder na Câmara.

Também o antigo líder parlamentar, eurodeputado e ex-governante Carlos Zorrinho é o candidato onde o PS aposta tudo para reaver um município que deteve entre 2001 e 2013.

Henrique Sim Sim reaparece como líder da coligação PSD/CDS que há quatro anos teve a maior votação de sempre em autárquicas.

Junta-se de novo o Movimento Cuidar de Évora que em 2021 elegeu um vereador. À esquerda concorre o Bloco. Na equação entra o Chega. E, pela primeira vez, a Iniciativa Liberal.

É neste quadro que se desenrolam as eleições com a CDU a tentar manter o poder; o PS a querer de novo a Presidência; o PSD/CDS à espera do melhor resultado que lhe permita gerir o município.

Numas autárquicas que nunca tiveram tantas listas concorrentes.
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