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Saúde
O Cavalo de Troia que abre uma esperança para a cura do cancro
Investigadores internacionais desenvolveram um combinado que estimula as principais células do sistema imunitário, levando-o a atacar os tumores cancerígenos. Esta vacina ainda se encontra em fase de testes, mas os cientistas falam em “sinais promissores” para a sua futura aplicação em adultos.
É mais um passo “muito positivo” para a criação de uma vacina universal de combate ao cancro. Os investigadores desenvolveram um novo método de combate aos tumores cancerígenos, que consiste em “recarregar” as células dendríticas, predominantes no sistema imunitário, com pequenas partículas de código genético. O próprio sistema imunitário encarrega-se depois de eliminar o tumor, como se de um vírus se tratasse.
O tratamento em questão foi testado em ratos e, numa fase posterior, em pacientes em fase avançada de cancro da pele. Após a “vacina RNA”, houve resposta imunitária registada nestes três pacientes, indica o estudo da Nature.
Os cientistas tentam agora alargar a aplicação do tratamento a vários outros tipos de cancro.
Este é o mais recente avanço no recurso à imunoterapia para tratamento do cancro. Nos testes citados, os cientistas introduziram um combinado de nano-partículas de código RNA no sistema dos pacientes, com o objetivo de provocar uma infeção viral: o contacto entre as células dendríticas e as nano-partículas desperta, por sua vez, a produção de antigénios. Estes ativam os linfócitos T, glóbulos brancos que, finalmente, atacam os tumores.
Fase inicial da investigação
Foi a primeira vez que os cientistas conseguiram conduzir este tipo de reação dentro de células específicas. Mas a imunoterapia não é novidade no tratamento do cancro. Vários países já lhe dão uso para tratar determinados tipos de cancro, nomeadamente no pulmão.
Há casos de sucesso a registar, com pacientes a conseguirem eliminar definitivamente a doença, mas houve também outros em que os efeitos colaterais do tratamento foram mais fortes.
Ainda em fase de avanço, compreende-se o entusiasmo da comunidade científica com o recurso à imunoterapia. É que ao contrário de outros vírus e bactérias, que podem ser eliminados, as células cancerígenas são o resultado de mutações de ADN. Dessa forma, as alterações malignas passam despercebidas ao sistema imunitário e aos tratamentos contra o cancro mais comuns – como a quimioterapia - que acabam por eliminar as células saudáveis.
Apesar de promissor, os especialistas avisam que ainda é cedo para anunciar a vacina universal contra o cancro. Aine McCarthy, responsável pela pesquisa e investigação do cancro no Reino Unido, avisa: "Este novo tipo de tratamento poderá vir a ser usado em doentes com cancro da pele, ao estimular o sistema imunitário".
"Mas porque esta vacina foi apenas testada em três doentes, são necessários mais ensaios clínicos para garantir a segurança nos tratamentos. Ao mesmo tempo, é necessária mais investigação para determinar se este tratamento pode ser aplicado noutros tipos de cancro", completa.
O tratamento em questão foi testado em ratos e, numa fase posterior, em pacientes em fase avançada de cancro da pele. Após a “vacina RNA”, houve resposta imunitária registada nestes três pacientes, indica o estudo da Nature.
Os cientistas tentam agora alargar a aplicação do tratamento a vários outros tipos de cancro.
Este é o mais recente avanço no recurso à imunoterapia para tratamento do cancro. Nos testes citados, os cientistas introduziram um combinado de nano-partículas de código RNA no sistema dos pacientes, com o objetivo de provocar uma infeção viral: o contacto entre as células dendríticas e as nano-partículas desperta, por sua vez, a produção de antigénios. Estes ativam os linfócitos T, glóbulos brancos que, finalmente, atacam os tumores.
Fase inicial da investigação
Foi a primeira vez que os cientistas conseguiram conduzir este tipo de reação dentro de células específicas. Mas a imunoterapia não é novidade no tratamento do cancro. Vários países já lhe dão uso para tratar determinados tipos de cancro, nomeadamente no pulmão.
Há casos de sucesso a registar, com pacientes a conseguirem eliminar definitivamente a doença, mas houve também outros em que os efeitos colaterais do tratamento foram mais fortes.
Ainda em fase de avanço, compreende-se o entusiasmo da comunidade científica com o recurso à imunoterapia. É que ao contrário de outros vírus e bactérias, que podem ser eliminados, as células cancerígenas são o resultado de mutações de ADN. Dessa forma, as alterações malignas passam despercebidas ao sistema imunitário e aos tratamentos contra o cancro mais comuns – como a quimioterapia - que acabam por eliminar as células saudáveis.
Apesar de promissor, os especialistas avisam que ainda é cedo para anunciar a vacina universal contra o cancro. Aine McCarthy, responsável pela pesquisa e investigação do cancro no Reino Unido, avisa: "Este novo tipo de tratamento poderá vir a ser usado em doentes com cancro da pele, ao estimular o sistema imunitário".
"Mas porque esta vacina foi apenas testada em três doentes, são necessários mais ensaios clínicos para garantir a segurança nos tratamentos. Ao mesmo tempo, é necessária mais investigação para determinar se este tratamento pode ser aplicado noutros tipos de cancro", completa.