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Ouro pode ser solução no combate ao Cancro
Investigadores descobriram que aplicar átomos de ouro na corrente sanguínea, a doentes oncológicos, pode facilitar o tratamento e eliminação das células cancerosas. O ouro aloja-se nas células doentes, que depois são localizadas e eliminadas através de aplicação laser.
Procurar uma forma de erradicar o cancro é uma demanda diária da comunidade médica. Com base nessa premissa, vários investigadores da Universidade de Rice, em Houston, Texas, têm na última década trabalhado numa investigação, que está a testar as propriedades do ouro como forma de auxílio terapêutico.
Os investigadores, após realizarem vários testes laboratoriais em ratos, aos quais foram inoculadas células cancerígenas, verificaram que ao injetarem nanoparticulas de ouro na corrente sanguínea, estas se alojam, na grande maioria nas células doentes.
Com base nesta experiência, os investigadores dizem que esta pode ser uma das soluções para eliminar os remanescentes das operações oncológicas que, apesar de retirarem a maior parte do tecido afetado pelo cancro, deixam sempre para trás pequenos núcleos de células que não são passíveis de ser eliminados na cirurgia.
Estes aglomerados de átomos de ouro podem assim detetar e ser indutoras para mais tarde matar as células cancerosas, geralmente ficam no corpo após a cirurgia de remoção do tumor maligno, de acordo com um estudo de uma nova técnica de nanotecnologia.Os investigadores revelam que nos casos em que foi possível retirar cirurgicamente a maior parte do tecido canceroso, cem por cento dos animais, sujeitos ao tratamento de nanoparticulas de ouro e laser, sobreviveram, graças ao facto de que nenhuma célula doente residual permanecer viva.
Por agora, a abordagem foi apenas executada num grupo de ratos, mas os pesquisadores estão já a projetar um ensaio clínico que servirá para testar a terapia em seres humanos, nos próximos dois anos.
Caso a técnica seja bem-sucedida, esta nova forma terapêutica poderia melhorar consideravelmente a sobrevivência, bem como anular outras formas mais agressivas de terapias a pacientes com cancro, particularmente nos casos em que existe a necessidade de remoção cirúrgica total de um tumor, o que é praticamente impossível.
Normalmente a acompanhar este tipo de cirurgia, surgem tratamentos com base em radioterapia ou quimioterapia, para aumentar as hipóteses de eliminar remanescentes das células do tumor residual. Mas com esta nova abordagem, e caso os testes venham a provar-se eficazes, estes tratamentos padrões podem mesmo tornar-se obsoletos.
Ouro para localizar e laser para matar
Não é a primeira vez que investigadores detetam as propriedades do ouro na terapia humana e desta vez os médicos e cientistas usaram também a nanotecnologia para obter uma ajuda superior.
Os tumores sólidos têm por natureza vasos sanguíneos. Como resultado, quando nanopartículas de ouro são injetadas na corrente, o corpo tem tendência a eliminar esses corpos estranhos, mas as propriedades das nanopartículas de ouro sentem-se fortemente atraídas pelas células cancerosas e reúnem em torno dos tumores. Infelizmente "nem tudo o que luz é ouro". A estratégia do aquecedor de nanopartículas tem dois problemas, diz Dmitri Lapotko, físico na companhia médica de Nanotechnology Laser Science, na Masimo Corporation, em Irvine, Califórnia.
Uma vez dentro das células, as nanopartículas podem atuar como uma espécie de "cavalo de Tróia".
Os investigadores, ao utilizarem uma terapia laser com base na luz infravermelha, detetam essas partículas. Ao acertarem nos átomos de ouro com luz laser, as partículas aquecem e matam as células cancerosas.
Infelizmente, “nem tudo o que luz é ouro”. A estratégia do aquecedor de nanopartículas tem dois problemas, diz Dmitri Lapotko, físico na companhia médica de Nanotechnology Laser Science, na Masimo Corporation, em Irvine, Califórnia.
A primeira é que algumas nanopartículas de ouro, invariavelmente, acabam por se alojar em redor de células normais. Logo, o tecido saudável também pode ficar danificado quando o laser procura as células doentes.

Por outro lado, os lasers que normalmente são usados para aquecer as partículas com raios contínuos de luz infravermelha geram muito calor, que se espalha para além das células cancerosas, atingindo o tecido e as células saudáveis.
"Em casos onde os tumores crescem e em torno de tecidos vitais, tais como nervos ou paredes arteriais, qualquer dano colateral para tecidos saudáveis pode ser perigoso ou mesmo contraproducente", disse o físico Dmitri Lapotko.
Neste momento Lapotko, bem como a toda a equipa, procuram modificar a abordagem terapêutica com as nanopartículas e estão a tentar utilizar um novo método que em vez de disparar raios laser contínuo, os investigadores apenas utilizam impulsos ultracurtos de infravermelhos.
A nova abordagem impediu na realidade que o calor se espalhasse para os tecidos normais circundantes, mas deu origem a um outro efeito ainda mais importante: as temperaturas, onde havia grandes aglomerados de nanopartículas de ouro, subiram de forma ainda mais elevada, vaporizando as moléculas de água adjacente.
Automáticamente os investigadores verificaram que no local aplicado pelo laser, surgiam pequenas bolhas de ar, que rapidamente expandiam e rebentavam, desfazendo em pedaços as células cancerosas.
Segundo Lapotko, "aglomerados de nanopartículas produzem nanobolhas, nas células cancerosas e não no tecido normal."
Na publicação on-line da Nature Nanotechnology, Lapotko e os seus colegas relatam que com estas mini-explosões não só é possivel captar som onde se localizavam as células do tumor, mas também operar a destruição das células no processo.
Os investigadores revelam, neste artigo, que nos casos em que foi possível retirar cirurgicamente a maior parte do tecido canceroso, sobreviveram cem por cento dos animais sujeitos ao tratamento de nanoparticulas de ouro e laser, graças ao facto de nenhuma célula doente residual permanecer viva.
Já nos casos onde houve uma remoção parcial do tumor, e depois foi aplicada a terapia de nanoparticulas de ouro e utilização laser, a taxa de sobrevivência dos animais testados dobrou.
Caso esta nova forma terapêutica resulte na anatomia humana, pode estar aqui uma nova janela no combate à doença que afeta mais de 15 milhões de seres humanos em todo o mundo.
Os investigadores, após realizarem vários testes laboratoriais em ratos, aos quais foram inoculadas células cancerígenas, verificaram que ao injetarem nanoparticulas de ouro na corrente sanguínea, estas se alojam, na grande maioria nas células doentes.
Com base nesta experiência, os investigadores dizem que esta pode ser uma das soluções para eliminar os remanescentes das operações oncológicas que, apesar de retirarem a maior parte do tecido afetado pelo cancro, deixam sempre para trás pequenos núcleos de células que não são passíveis de ser eliminados na cirurgia.
Estes aglomerados de átomos de ouro podem assim detetar e ser indutoras para mais tarde matar as células cancerosas, geralmente ficam no corpo após a cirurgia de remoção do tumor maligno, de acordo com um estudo de uma nova técnica de nanotecnologia.Os investigadores revelam que nos casos em que foi possível retirar cirurgicamente a maior parte do tecido canceroso, cem por cento dos animais, sujeitos ao tratamento de nanoparticulas de ouro e laser, sobreviveram, graças ao facto de que nenhuma célula doente residual permanecer viva.
Por agora, a abordagem foi apenas executada num grupo de ratos, mas os pesquisadores estão já a projetar um ensaio clínico que servirá para testar a terapia em seres humanos, nos próximos dois anos.
Caso a técnica seja bem-sucedida, esta nova forma terapêutica poderia melhorar consideravelmente a sobrevivência, bem como anular outras formas mais agressivas de terapias a pacientes com cancro, particularmente nos casos em que existe a necessidade de remoção cirúrgica total de um tumor, o que é praticamente impossível.
Normalmente a acompanhar este tipo de cirurgia, surgem tratamentos com base em radioterapia ou quimioterapia, para aumentar as hipóteses de eliminar remanescentes das células do tumor residual. Mas com esta nova abordagem, e caso os testes venham a provar-se eficazes, estes tratamentos padrões podem mesmo tornar-se obsoletos.
Ouro para localizar e laser para matar
Não é a primeira vez que investigadores detetam as propriedades do ouro na terapia humana e desta vez os médicos e cientistas usaram também a nanotecnologia para obter uma ajuda superior.
Os tumores sólidos têm por natureza vasos sanguíneos. Como resultado, quando nanopartículas de ouro são injetadas na corrente, o corpo tem tendência a eliminar esses corpos estranhos, mas as propriedades das nanopartículas de ouro sentem-se fortemente atraídas pelas células cancerosas e reúnem em torno dos tumores. Infelizmente "nem tudo o que luz é ouro". A estratégia do aquecedor de nanopartículas tem dois problemas, diz Dmitri Lapotko, físico na companhia médica de Nanotechnology Laser Science, na Masimo Corporation, em Irvine, Califórnia.
Uma vez dentro das células, as nanopartículas podem atuar como uma espécie de "cavalo de Tróia".
Os investigadores, ao utilizarem uma terapia laser com base na luz infravermelha, detetam essas partículas. Ao acertarem nos átomos de ouro com luz laser, as partículas aquecem e matam as células cancerosas.
Infelizmente, “nem tudo o que luz é ouro”. A estratégia do aquecedor de nanopartículas tem dois problemas, diz Dmitri Lapotko, físico na companhia médica de Nanotechnology Laser Science, na Masimo Corporation, em Irvine, Califórnia.
A primeira é que algumas nanopartículas de ouro, invariavelmente, acabam por se alojar em redor de células normais. Logo, o tecido saudável também pode ficar danificado quando o laser procura as células doentes.
Por outro lado, os lasers que normalmente são usados para aquecer as partículas com raios contínuos de luz infravermelha geram muito calor, que se espalha para além das células cancerosas, atingindo o tecido e as células saudáveis.
"Em casos onde os tumores crescem e em torno de tecidos vitais, tais como nervos ou paredes arteriais, qualquer dano colateral para tecidos saudáveis pode ser perigoso ou mesmo contraproducente", disse o físico Dmitri Lapotko.
Neste momento Lapotko, bem como a toda a equipa, procuram modificar a abordagem terapêutica com as nanopartículas e estão a tentar utilizar um novo método que em vez de disparar raios laser contínuo, os investigadores apenas utilizam impulsos ultracurtos de infravermelhos.
A nova abordagem impediu na realidade que o calor se espalhasse para os tecidos normais circundantes, mas deu origem a um outro efeito ainda mais importante: as temperaturas, onde havia grandes aglomerados de nanopartículas de ouro, subiram de forma ainda mais elevada, vaporizando as moléculas de água adjacente.
Automáticamente os investigadores verificaram que no local aplicado pelo laser, surgiam pequenas bolhas de ar, que rapidamente expandiam e rebentavam, desfazendo em pedaços as células cancerosas.
Segundo Lapotko, "aglomerados de nanopartículas produzem nanobolhas, nas células cancerosas e não no tecido normal."
Na publicação on-line da Nature Nanotechnology, Lapotko e os seus colegas relatam que com estas mini-explosões não só é possivel captar som onde se localizavam as células do tumor, mas também operar a destruição das células no processo.
Os investigadores revelam, neste artigo, que nos casos em que foi possível retirar cirurgicamente a maior parte do tecido canceroso, sobreviveram cem por cento dos animais sujeitos ao tratamento de nanoparticulas de ouro e laser, graças ao facto de nenhuma célula doente residual permanecer viva.
Já nos casos onde houve uma remoção parcial do tumor, e depois foi aplicada a terapia de nanoparticulas de ouro e utilização laser, a taxa de sobrevivência dos animais testados dobrou.
Caso esta nova forma terapêutica resulte na anatomia humana, pode estar aqui uma nova janela no combate à doença que afeta mais de 15 milhões de seres humanos em todo o mundo.