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Vida extraterrestre. Um cenário sem guiões oficiais
Se um dia for confirmada a existência de vida extraterrestre, a notícia dificilmente poderá ficar em segredo. Mas quem fará o anúncio? Oficialmente, nem a NASA nem as Nações Unidas dispõem de um protocolo de comunicação.
Até agora não foi confirmada a existência de vida extraterrestre, mas esta hipótese também não foi totalmente descartada. Como tal, seria de esperar que existissem protocolos de comunicação em caso de descoberta.
Se a vida extraterrestre viesse a ser comprovada, a informação não seria mantida em segredo. Mas caberia aos cientistas a divulgação?
“Se a nossa divisão de astrofísica da NASA quisesse fazer uma declaração desta dimensão, isso seria canalizado através dos meios de comunicação internos”, esclarece o cientista da agência espacial dos Estados Unidos Mario R. Pérez, ao jornal El Español.
A responsabilidade de espalhar a notícia parece estar nas mãos da NASA. O problema que se levanta é que esta agência não tem um protocolo de divulgação.
A NASA dispõe apenas de protocolos de proteção planetária para evitar possíveis contaminações de ecossistemas extraterrestres com os micróbios terrestres ou, ao contrário, impedir que o nosso ecossistema seja afetado. Mas há uma razão que explica a inexistência de um protocolo de comunicação.
“A NASA tem estado ausente dos assuntos do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), desde 1993”, esclarece o astrónomo, astrobiólogo e antigo historiador chefe da NASA, Steven J. Dick, ao jornal espanhol.
Na verdade, a NASA não é o único organismo sem protocolo para agir em caso de confirmação de vida extraterrestre. Tanto a Organização das Nações Unidas (ONU) como os governos em geral também não têm qualquer procedimento estabelecido. Pelo menos oficialmente.
NASA não procura vida extraterrestre
A agência espacial norte-americana esteve envolvida em projetos SETI nos anos 70. No entanto, a aparente ausência de achados começou a suscitar críticas políticas no final da década.
Em 1993, no Congresso dos Estados Unidos, foi cancelada a investigação sobre inteligência extraterrestre com fundos públicos. Uma situação que se mantém até aos dias de hoje.
O facto é que os projetos SETI continuam ativos, mas sustentados exclusivamente por financiamento privado. Por esta razão, não é de estranhar que a NASA não tenha um protocolo de comunicação em caso de confirmação de vida extraterrestre. Um protocolo
Em 1997, a Comissão para a Utilização Pacífica do Espaço Exterior das Nações Unidas discutiu a possibilidade de elaborar um protocolo de comunicação em caso de existência de vida extraterrestre, mas sem resultado.
No final dos anos 80, foi publicado um protocolo pela Academia Internacional de Astronáutica, da qual Steven J. Dick é membro.
Surge assim a Declaração de Princípios sobre a Deteção Subsequente das Atividades de Inteligência Extraterrestre, revista em 2010. Foi, de facto, adotada por várias organizações, mas não pelas Nações Unidas.
Em entrevista ao jornal El Español, Steven J. Dick indicou alguns dos pontos deste protocolo: “Confirmar qualquer sinal e, em seguida, dizer a todos. Por outras palavras, não manter isso em segredo”. Ainda assim, salienta que dadas as relações entre jornalistas e cientistas “seria impossível esconder a informação”.
Se a vida extraterrestre viesse a ser comprovada, a informação não seria mantida em segredo. Mas caberia aos cientistas a divulgação?
“Se a nossa divisão de astrofísica da NASA quisesse fazer uma declaração desta dimensão, isso seria canalizado através dos meios de comunicação internos”, esclarece o cientista da agência espacial dos Estados Unidos Mario R. Pérez, ao jornal El Español.
A responsabilidade de espalhar a notícia parece estar nas mãos da NASA. O problema que se levanta é que esta agência não tem um protocolo de divulgação.
A NASA dispõe apenas de protocolos de proteção planetária para evitar possíveis contaminações de ecossistemas extraterrestres com os micróbios terrestres ou, ao contrário, impedir que o nosso ecossistema seja afetado. Mas há uma razão que explica a inexistência de um protocolo de comunicação.
“A NASA tem estado ausente dos assuntos do SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), desde 1993”, esclarece o astrónomo, astrobiólogo e antigo historiador chefe da NASA, Steven J. Dick, ao jornal espanhol.
Na verdade, a NASA não é o único organismo sem protocolo para agir em caso de confirmação de vida extraterrestre. Tanto a Organização das Nações Unidas (ONU) como os governos em geral também não têm qualquer procedimento estabelecido. Pelo menos oficialmente.
NASA não procura vida extraterrestre
A agência espacial norte-americana esteve envolvida em projetos SETI nos anos 70. No entanto, a aparente ausência de achados começou a suscitar críticas políticas no final da década.
Em 1993, no Congresso dos Estados Unidos, foi cancelada a investigação sobre inteligência extraterrestre com fundos públicos. Uma situação que se mantém até aos dias de hoje.
O facto é que os projetos SETI continuam ativos, mas sustentados exclusivamente por financiamento privado. Por esta razão, não é de estranhar que a NASA não tenha um protocolo de comunicação em caso de confirmação de vida extraterrestre. Um protocolo
Em 1997, a Comissão para a Utilização Pacífica do Espaço Exterior das Nações Unidas discutiu a possibilidade de elaborar um protocolo de comunicação em caso de existência de vida extraterrestre, mas sem resultado.
No final dos anos 80, foi publicado um protocolo pela Academia Internacional de Astronáutica, da qual Steven J. Dick é membro.
Surge assim a Declaração de Princípios sobre a Deteção Subsequente das Atividades de Inteligência Extraterrestre, revista em 2010. Foi, de facto, adotada por várias organizações, mas não pelas Nações Unidas.
Em entrevista ao jornal El Español, Steven J. Dick indicou alguns dos pontos deste protocolo: “Confirmar qualquer sinal e, em seguida, dizer a todos. Por outras palavras, não manter isso em segredo”. Ainda assim, salienta que dadas as relações entre jornalistas e cientistas “seria impossível esconder a informação”.