Conversa Capital com António Maia

por Antena 1

Foto: Antena1

Em matéria de corrupção "a sociedade civil está comodamente sentada no sofá à espera que os outros façam alguma coisa".

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, António Maia, o vice-presidente do Observatório Economia e Gestão da Fraude da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, considera que os cidadãos tem de ser mais íntegros, mais exigentes e denunciar os casos. António Maia acredita que a nova diretiva vai facilitar a denúncia, mas depende da forma como Portugal vier a adotar a proteção a conferir ao denunciador. Considera que o caso de Rui Pinto deveria ser abrangido.

António Maia defende que seja feito um mapeamento da corrupção em Portugal para que se saiba em concreto onde e como é preciso atuar contra a corrupção e nesse sentido lamenta que a proposta apresentada pelo Observatório no âmbito do Orçamento do Estado tenha sido rejeitada.

Lamenta ainda que em campanha eleitoral, como já está a acontecer, todos os partidos tenham o combate à corrupção como elemento fundamental mas depois, na prática, a perceção de impunidade subsista. Defende, por isso, que é preciso "não ficar só pelas intenções". A vontade política é um elemento que a Academia reconhece como fundamental para controlar a corrupção. Considera que o que já foi feito não basta. São precisos "mais sinais" para a sociedade e mais articulação entre as entidades. A corrupção não pode ser arma de arremesso político.

Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de António Maia, vice presidente do Observatório de Economia e Gestão de Fraude, a Rosário Lira (Antena1) e Susana Paula (Jornal de Negócios):


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