Foto: Antena1
O presidente executivo do Novo Banco defende a extensão das moratórias para alguns setores com mais dificuldade em recuperar, como o turismo, e uma partilha de risco entre o Estado, a Banca e as próprias empresas, para encontrar uma alternativa às moratórias.
Em relação ao Novo Banco, António Ramalho rejeita “críticas levianas” de quem não conhece verdadeiramente o percurso de recuperação do banco e garante que a instituição vai ser um caso de sucesso, começando a ter resultados positivos já este este ano. António Ramalho assegura que o Governo acreditou e continua a acreditar na viabilidade do banco.
Sobre a recuperação de crédito, António Ramalho rejeita que o banco tenha sido prejudicado, lembra que as transações são feitas com autorização do Fundo de Resolução. Refere que o banco tem 90 mil ações judiciais, que são geridas com "dureza" e isso é "sofrido na pele". O CEO do Novo Banco não considera que se tenha precipitado nas vendas que fez, diz mesmo que conseguiu recuperar aviões e iates, e que ele próprio já sofreu ameaças no âmbito desses processos de recuperação de créditos. Reitera que, ainda assim, sempre fez o melhor possível e seguindo todas as recomendações do Fundo de Resolução.
Até a final de 2021, António Ramalho garante que vai reduzir o rácio de NPL de 8,9 para 5 por cento. Um objetivo que vai conseguir manter, mesmo contando com o impacto do incumprimento decorrente do fim das moratórias. Já quanto à eventual compra do EuroBic não confirma o interesse mas refere que tem toda a legitimidade para comprar, se isso permitir valorizar a posição dos acionistas. Em relação às críticas de outros bancos, nomeadamente do BPI, António Ramalho lembra que os limites que a concorrência impôs ao banco, terminam em 2021 e foram muito duros: "Eu paguei o preço necessário à concorrência. Eu espero que ninguém me venha pedir que eu fique incapaz de gerir em concorrência até 2046", refere o CEO do Novo Banco.