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Conversa Capital com Jorge Monteiro

por Antena 1

Foto: Antena1

O presidente da ViniPortugal considera expectável que o preço do vinho português venha a aumentar nos mercados internacionais e, por arrastamento, no mercado nacional.

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, Jorge Monteiro revela que a produção em 2018 ficou nos 6 milhões de hectolitros, abaixo da média dos últimos 10 anos por causa do "escaldão" que se verificou no início do mês de agosto. O Alentejo foi a região que sofreu menos o impacto da onda de calor.

Perante esta quebra Jorge Monteiro considera que a alternativa vai ser importar mais, deixar de fornecer alguns mercados, incluindo o nacional, ou aumentar o preço nos mercados internacionais. Segundo o presidente da ViniPortugal é "natural" que o preço médio venha a aumentar mais alguns cêntimos, seguindo aliás uma tendência que se tem verificado. De 2017 para 2018 o preço médio passou de 2,60 para 2,71 euros.

Segundo Jorge Monteiro, o aumento do preço nos mercados internacionais vai levar também a um aumento do preço no mercado nacional, "um há de arrastar o outro". Adianta que Portugal é "o país do mundo onde o vinho é mais barato" porque há um elevado consumo e uma pressão negocial das grandes superfícies junto dos produtores. A alternativa é a exportação onde o preço é mais elevado e os pagamentos feitos a tempo e horas.

Jorge Monteiro revela que continua a existir um abandono natural da vinha sobretudo a Norte. Portugal passou dos 220 mil hectares para os 190 mil de área produtiva. Adianta que são áreas que não são recuperáveis, porque não são rentáveis e por isso no seu entender a desertificação é uma tendência que vai continuar.


Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, a Rosário Lira (Antena1) e Alexandra Machado (Jornal de Negócios):

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