País
Conversa Capital
Conversa Capital com Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé
O presidente do Grupo Vila Galé defende a continuidade do lay-off simplificado mas para quem começar a trabalhar
Foto: Antena1
Jorge Rebelo de Almeida, que tem no grupo 85 por cento dos trabalhadores em lay-off, diz que é preciso passar uma imagem de confiança e isso só se consegue dando início à atividade, mesmo que signifique em junho perder mais do que em maio. O presidente do Grupo Vila Galé acredita que se for possível transmitir essa mensagem de confiança e criar um clima de atratividade, estão a ser criadas condições para que o mês de julho e os seguintes sejam melhores.
Jorge Rebelo de Almeida pede ao governo para adiar novamente o Pagamento Especial por Conta, cuja primeira prestação está prevista para 30 de junho. Isto porque a base de cálculo tem em conta os resultados do ano anterior e "não vamos dar lucro que justifique esse pagamento".
O presidente do Grupo Vila Galé mostra-se confiante na retoma, apostando sobretudo no turismo português, mas também revela que se a crise se prolongar para além deste ano, "não fica pedra sobre pedra. Não sobra ninguém. Nem as boas empresas". No caso do Vila Galé, que o ano passado faturou quase 200 milhões de euros, o presidente admite desde já que este ano vai acabar com prejuízos.
O presidente do Grupo Vila Galé, que tem 27 hotéis em Portugal e 9 no Brasil, não se compromete com cenários para a época balnear: "Isto muda todos os dias..." refere, acrescentando que já era muito positivo se "a nossa hotelaria em julho estivesse a trabalhar a meio gás".
Sobre a frequência das praias, fundamental para o funcionamento de muitos hotéis, Jorge Rebelo de Almeida rejeita a existência de um controlo militar ou policial que crie um clima de tensão que afasta as pessoas. Em vez disso, considera que é preciso criar condições para que se possa ir à praia. E, nesse sentido, defende que têm de ser os concessionários das praias a responsabilizar-se pelo controlo nas entradas e pelo afastamento necessário no areal. Adianta que em cada praia devem ser afixadas normas de acesso mas ainda assim, considera que o fundamental é que haja civismo e bom senso, como aliás os portugueses têm demonstrado até agora.
Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé, a Rosário Lira (Antena1) e Alexandra Machado (Jornal de Negócios):
Pode ver aqui na íntegra esta entrevista de Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Grupo Vila Galé, a Rosário Lira (Antena1) e Alexandra Machado (Jornal de Negócios):