Conversa Capital com Paula Franco, Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados

por RTP

A Bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados quer que os contabilistas sejam envolvidos em todo o processo de atribuição dos fundos comunitários junto das empresas e não apenas na fase dos reembolsos.

Em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Paula Franco explicou que é preciso inscrever em cada programa um custo elegível, que permita que o contabilista possa acompanhar, a todo o tempo, a aplicação dos dinheiros públicos nas empresas que se vão candidatar a esses fundos. Esta é a forma de garantir que as empresas estão a tratar os fundos da forma correta.

Neste processo inclui o Estado. A Bastonária afirma que as contas públicas não são transparentes. Há advogados e licenciados em história a certificarem as contas do Estado. A Bastonária também não aceita que essa certificação seja feita pelas chefias intermédias da administração pública, como tem estado a ser discutido, porque isso equivale a por o empresário a certificar as suas próprias contas.

Sobre o próximo orçamento do Estado, Paula Franco adianta que são "exageradas" as medidas de manutenção dos postos de trabalho em detrimento do apoio às empresas. A Bastonária diz mesmo que "este é um orçamento muito vazio" no apoio às empresas e baseado na manutenção dos postos de trabalho.

Nesta entrevista a bastonária denuncia a má gestão nas marcações junto de algumas repartições de Finanças para atendimento ao público e defende que haja mais marcações e uma melhor gestão do tempo destas marcações.

Paula Franco revela ainda que em 2021 deverão ser instituídas as férias fiscais, à semelhança do que já existe com as férias judiciais, permitindo a suspensão durante o mês de agosto de prazos e notificações para contribuintes e contabilistas.

Uma entrevista conduzida pelos jornalistas Rosário Lira, da Antena1 e Rafaela Burd Relvas do Jornal de Negócios.
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