Quem deve receber primeiro a vacina? As orientações da União Europeia

por Alexandre Brito - RTP
Imagem de arquivo de uma médica a receber a vacina russa Sputnik-V em Tver Reuters

A União Europeia tem em curso várias ações para disponibilizar a vacina para a Covid-19 aos vários Estados-membros. Para já, a única certeza é que quando isso acontecer não haverá vacinas para todas as pessoas. Por essa razão, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) publicou na segunda-feira uma série de orientações sobre como deve decorrer o processo. A agência europeia espera que nesta altura os vários países europeus já tenham identificado os grupos prioritários.

O documento técnico do ECDC fornece uma série de orientações que cada um dos vários países da União Europeia devem seguir. São apenas conselhos, uma vez que a decisão, neste caso, é exclusiva de cada Estado-membro.

Escreve a agência europeia que devido à escassez esperada, tanto no início como ao longo do tempo, é fundamental determinar o uso da vacina e estabelecer prioridades.

O ECDC sugere uma estratégia que tenha em conta os níveis de abastecimento da vacina em cada país e o estado da pandemia.

No topo da pirâmide, a agência europeia coloca as pessoas que estão sob risco acrescido de infeção, trabalhadores essenciais e grupos vulneráveis.

A vacinação deve também ser distribuída tendo em conta a idade, ou seja, a população mais velha primeiro.

Devem também ser colocadas no topo das prioridades as zonas geográficas com elevada incidência de infeção por Covid-19. Será fundamental vacinar em regiões onde há surtos, de forma a controlá-los. 

Ou seja, o ECDC aconselha a aplicação de uma estratégia que tenha em conta as circunstâncias em cada momento da epidemia no país. Tem que haver essa maleabilidade e capacidade de resposta.

Por último, aos poucos, e conforme a vacina fica mais acessível, deve ser aplicada uma estratégia de vacinação universal.

Ainda sobre os grupos prioritários, o ECDC destaca alguns elementos que devem ser dos primeiros a receber a vacina: autoridades de saúde públicas, equipas técnicas para a imunização nacional e demais pessoas envolvidas no processo de decisão para a vacinação, tais como pediatras, epidemiologistas, especialistas em doenças contagiosas e médicos de cuidados primários.

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