Regulador avalia medicamento de anti-corpos da AstraZeneca para prevenir infeções

por Lusa

A Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) anunciou hoje o início do processo de avaliação contínua de uma combinação de dois anticorpos desenvolvidos pela farmacêutica AstraZeneca para prevenir a covid-19 em adultos.

Este procedimento de revisão contínua é utilizado pela EMA para acelerar a avaliação de um novo medicamento em situações de emergência de saúde pública, tendo já sido usado para a aprovação das vacinas contra o vírus SARS-CoV-2 na União Europeia.

"O Comité de Medicamentos Humanos da EMA (CHMP) deu início a uma revisão contínua do Evusheld, uma combinação de dois anticorpos monoclonais - tixagevimabe e cilgavimabe -, que está a ser desenvolvida pela AstraZeneca AB para a prevenção de covid-19 em adultos", informou o regulador europeu.

Em comunicado, a EMA adiantou ainda que esta decisão dos especialistas do CHMP de iniciar a avaliação contínua é baseada nos resultados preliminares dos estudos clínicos, que sugerem que o medicamento pode ajudar a proteger contra a doença provocada pelo coronavírus.

"A EMA começou a avaliar dados de estudos laboratoriais e em animais", avançou a agência europeia com sede em Amesterdão, que vai analisar também novas informações da farmacêutica sobre a qualidade, a segurança e a eficácia do Evusheld assim que estiverem disponíveis.

"Embora a EMA não possa prever os cronogramas gerais, [esta análise] deve levar menos tempo do que o normal devido ao trabalho realizado durante a revisão contínua", referiu.

Os anticorpos tixagevimab e o cilgavimab foram concebidos para se ligarem à proteína `spike´ do SARS-CoV-2, com o objetivo de impedir que o vírus entre nas células do corpo e cause a infeção.

Em fase de revisão contínua estão mais dois tratamentos à base de anticorpos, desenvolvidos pela Eli Lilly e pela GlaxoSmithKline and Vir Biotechnology, enquanto outros cinco estão na etapa mais avançada de avaliação da autorização para serem introduzidos no mercado.

Para já, a EMA apenas aprovou, em junho de 2020, o antiviral remdesivir para o tratamento da covid-19 em adultos e adolescentes a partir de 12 anos e com pneumonia, que requerem oxigénio suplementar.

A covid-19 provocou pelo menos 4.861.478 mortes em todo o mundo, entre mais de 238,59 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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