"20,13", o Purgatório visto por Joaquim Leitão, estreia-se quinta-feira

Um crime cometido numa noite de ataque às tropas portuguesas em Moçambique, em plena guerra colonial, é o mote para "20,13", o novo filme de Joaquim Leitão, que se estreia quinta-feira em 25 salas de cinema.

Agência LUSA /

"20,13", que remete para o salmo Levítico do Antigo Testamento, com um versículo que menciona um crime, é o segundo filme de uma trilogia de Joaquim Leitão sobre a guerra colonial.

"O filme corresponde ao Purgatório, que foi o que a guerra significou para alguns que por lá passaram", afirmou o realizador à agência Lusa.

A trama desenrola-se na véspera do Natal de 1969 num aquartelamento português no norte de Moçambique, cruzando duas histórias de crime e homossexualidade.

Com um orçamento de 1,3 milhões de euros, o filme foi rodado no Campo de Tiro de Alcochete e contou com o apoio do Exército e da Força Aérea ao nível logístico e de formação do elenco.

As interpretações estão a cargo de nomes como Marco d`Almeida, Nuno Nunes, Ivo Canelas, Adriano Carvalho, Carla Chambel, Maya Booth e Angélico Vieira, membro dos DZRT.

A trilogia sobre a guerra colonial foi iniciada em 1999 com "Inferno", que figura entre os dez filmes mais vistos de sempre em Portugal, com 84.792 espectadores.

Joaquim Leitão conta no seu currículo com alguns dos filmes de maior sucesso nas salas portuguesas: "Tentação" (1997), com 361 mil espectadores, e "Adão e Eva" (1995), com 254 mil espectadores.

O terceiro capítulo da trilogia sobre a guerra colonial será sobre o Paraíso, mas Joaquim Leitão ainda não tem o argumento escrito.

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