A prevista enchente no maior recinto desportivo moçambicano compara-se apenas com a que se verificou quando da actuação, em 1994, do músico britânico Eric Clapton, ou mesmo com a homilia celebrada pelo falecido Papa João Paulo II, em 1983.

Para tornar possível a actuação em Moçambique da lendária banda britânica, foi necessário que várias entidades formassem um consórcio, dividindo pelas empresas integrantes as áreas artística, administrativa e de `catering`.

A presença dos UB-40 em Maputo fez disparar as vendas dos seus discos e por todo lado, admiradores ensaiam letras da banda, para fazer coro com os irmãos Ali e Robin Campbel, e Astro, os principais vocalistas do grupo.

Izidine Faquirá, sócio da Conga Produções, que ficou com a parte artística do espectáculo, afirmou que devido à incapacidade interna para a realização de um acontecimento do género a firma teve de alugar "toneladas de equipamentos de som e luz" da vizinha África do Sul.

Para garantir o transporte dos espectadores, o consórcio acordou com a transportadora pública TPM a ligação entre os diversos pontos da capital e o local do espectáculo.

Segundo a empresa, o mega-concerto vai custar dois milhões de dólares e nele estarão destacados 200 elementos da segurança.

No espectáculo vão participar também os músicos sul-africanos Lucky Dube e Oliver Mtukudzi, e as bandas moçambicanas Rockfellers, Ghorwane e Kapa Dêch.