Academia Brasileira de Letras instituiu Prémio Euclides da Cunha
Brasília, 06 Fev (Lusa) - A Academia Brasileira de Letras (ABL) instituiu o Prémio Euclides da Cunha que vai distinguir o melhor livro inédito ou publicado nos últimos dez anos sobre a vida ou obra do autor de "Os Sertões".
O prémio pode ser disputado por cidadãos de toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), informou a ABL à agência Lusa.
O galardão, que atribui um prémio monetário de 30 mil reais (10 mil euros), serve para assinalar o centenário da morte do escritor Euclides da Cunha, nascido na cidade de Cantagalo, no Rio de Janeiro, em 1866, e morto a tiro, em 1909, por um jovem tenente, amante da sua mulher Ana.
As inscrições estão abertas até 30 de Junho e os trabalhos devem ser entregues à Secretaria da ABL.
Se o trabalho for inédito, deve ser apresentado em sobrecarta com cinco cópias, digitadas em corpo 12, tipo Times New Roman, espaço 1,5, margens de 2,5 cm, em lauda de 25 linhas aproximadamente.
Se já foi publicado, o livro deve ser entregue num envelope com seis exemplares.
Em ambos os casos, são necessários os dados pessoais do concorrente (nome, endereço, telefone, fax, e-mail), cópia de documento de identidade ou do passaporte e uma declaração de aceitação das normas do edital.
A ABL informou também que não devolverá os trabalhos apresentados.
O júri será formado por cinco membros, que levarão um relatório à apreciação do plenário da instituição.
A entrega do prémio será feita no segundo semestre deste ano.
Euclides da Cunha, o segundo ocupante da Cadeira 7 da ABL, foi escritor, professor, engenheiro, sociólogo, repórter e ganhou fama internacional com sua obra-prima "Os Sertões", sobre a Guerra dos Canudos (1896-1897).
O famoso escritor acompanhou esse conflito no interior da Bahia como jornalista e retratou-o no seu livro como um massacre dos sertanejos, liderado por António Conselheiro, que lutaram até o fim.
CMC.
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