O jovem ator que protagonizou Harry Potter afirma que a indústria cinematográfica não encoraja suficientemente a diversidade. A sua preocupação em relação a este tema aumentou após a recente participação no filme “Imperium”, onde representa um agente do FBI que se infiltra num grupo de supremacia branca.

Em resposta à questão da entrevistadora relativamente à presença de racismo em Hollywood, o ator responde que tal realidade é “inegável”. Afirma ainda que a indústria cinematográfica é considerada muito progressiva, quando na verdade se encontra atrasada em várias áreas.

A cerimónia dos óscares de 2016 tinha já trazido à superfície esta questão devido à ausência de nomeados negros. Ao mencionar o tema do racismo, Radcliffe criticou o candidato presidencial Donald Trump. Segundo o ator, Trump tem vindo a desencadear sentimentos de “medo e ódio” entre a população norte-americana.

Afirma, ainda, não compreender de que forma um “homem rico e privilegiado” conseguiu “convencer a população de que não faz parte da elite”.

Quando confrontado com as acusações de antissemitismo contra o Partido Trabalhista do Reino Unido, do qual o ator é apoiante, este manifestou a sua hostilidade a qualquer tipo de antisemitismo.
 
Durante a entrevista, para além de se referir à questão da exclusão racial, abordou ainda a questão da homossexualidade. Afirmou que os atores gays não assumem publicamente a sua orientação sexual por medo de passarem a ser escolhidos apenas para representar personagens homossexuais.