Alenquer inaugura Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição

por Lusa

A Câmara de Alenquer inaugura hoje o Museu Damião de Góis e das Vítimas da Inquisição para, através da vida e obra deste historiador e humanista do Renascimento, atrair turistas à vila onde nasceu.

"Até agora tínhamos uma estátua de Damião de Góis junto ao tribunal e temos a sua sepultura na Igreja de São Pedro, classificada como monumento nacional, mas Alenquer não tinha até agora um museu dedicado a Damião de Góis", justificou o vice-presidente da Câmara, Rui Costa, à agência Lusa.

Através de uma mesa digital e de painéis expositivos, o museu dá a conhecer como era a vila de Alenquer no século XVI, a vida e obra de Damião de Góis e a sua relação com a sua época e com a Inquisição, a comunidade judaica e as manifestações da Inquisição na vila.

Vão também estar patentes algumas das primeiras edições das obras de Damião de Góis, como a "Crónica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel" (1566) e a "Crónica do Príncipe Dom João" (1567).

Localizado na Igreja de Nossa Senhora da Várzea, o museu dedica também uma área à história desta igreja situada na histórica vila Alta de Alenquer, onde Damião de Góis veio a ser sepultado em 1574 e de onde foi transladado em 1941 por a igreja estar em ruínas.

O projeto, orçado em 520 mil euros e integrado nas Rotas de Sefarad - Valorização da Identidade Judaica Portuguesa, foi financiado em 85% pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, no âmbito do Espaço Económico Europeu Grants.

No primeiro ano, a autarquia espera que o museu seja visitado por 10 mil turistas, sobretudo oriundos da Bélgica, Holanda, França e Alemanha, países pelos quais Damião de Góis passou e contactou com humanistas seus contemporâneos.

 

 

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