"Amor impossível" fecha na quinta-feira as estreias de cinema português de 2015
"Amor impossível", de António-Pedro Vasconcelos, fecha, na quinta-feira, as estreias de cinema português de 2015, um ano em que "O pátio das cantigas" foi o mais visto e "As mil e uma noites" o mais elogiado internacionalmente.
António-Pedro Vasconcelos, 76 anos, estreia a longa-metragem "Amor impossível", com argumento de Tiago R. Santos. Rodado em Viseu, o filme parte do alegado rapto de uma mulher, Cristina, que é investigado por dois agentes da Polícia Judiciária. O elenco conta com Victoria Guerra, Soraia Chaves, José Mata e Ricardo Pereira nos principais papéis.
"Amor impossível" fecha um ano no cinema português que registou a estreia comercial de quase trinta longas-metragens e cinco curtas-metragens com produção ou coprodução portuguesa, totalizando mais de 827 mil espectadores, segundo dados do Instituto do Cinema e Audiovisual.
"O pátio das cantigas" e "O leão da Estrela", dois filmes de uma trilogia de Leonel Vieira de homenagem à antiga comédia portuguesa, foram os filmes portugueses mais vistos este ano. Só "O pátio das cantigas" superou os 600 mil espectadores.
O ano do cinema português ficou ainda marcado pela morte de Manoel de Oliveira, em abril, aos 106 anos, e pela estreia do filme "Visita ou memórias e confissões", que o cineasta rodou nos anos 1980 e pediu para só ser mostrado a título póstumo.
Este foi também o ano em que João Salaviza estreou a primeira longa-metragem, "Montanha", e em que Miguel Gomes revelou "As mil e uma noites", a trilogia nascida de um projeto de ficcionar, no grande ecrã, a realidade social portuguesa em tempos de austeridade e crise económica.
Repartido nos filmes "O desolado", "O inquieto" e "O encantado", o projeto teve estreia mundial em Cannes, somou prémios e elogios internacionais e figura agora nas listas dos melhores filmes de 2015 para publicações como a New Yorker, a Film Comment e a Cahiers du Cinema.
Aos cinemas chegaram também cópias restauradas de "Mudar de vida" e "Verdes Anos", dois filmes referência do cinema novo português, dos anos 1960, num ano em que se estreou, a título póstumo, o derradeiro filme de Paulo Rocha, "Se eu fosse ladrão... roubava".
Em 2016 deverão estrear-se filmes como "Cinza e negro", de Luís Filipe Rocha, "Posto avançado do progresso", de Hugo Vieira da Silva, "John From", de João Nicolau, "A canção de Lisboa", de Leonel Vieira, e "Jogo de damas", de Patrícia Sequeira.