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Artista Jota Mombaça apresenta obras sobre sobrevivência na diáspora

por Lusa

A artista brasileira Jota Mombaça vai apresentar várias obras relacionadas com a descolonização, a diáspora, a violência e a resiliência, entre quinta-feira e domingo, na Galeria Municipal da avenida da Índia, em Lisboa.

De acordo com aquele espaço cultural, Jota Mombaça irá apresentar a performance "A gente combinamos de não morrer", e ainda outras obras de arquivo, vídeo-instalação, leitura, palestra e projeção.

Entre as obras que serão apresentadas, estão "Mundo = Ferida", de arquivo, a palestra "Que significa descolonizar?", a vídeo-instalação "A ferida colonial ainda dói, volume 6", a instalação sonora/sessão de leitura "O mundo é meu trauma" e a de arquivo visual/projeção "NãoVão".

A performance é inspirada na obra homónima de Conceição Evaristo ("A gente combinamos de não morrer", publicada pela editora Olhos D`água, 2014), uma escritora brasileira de ficção, cujo trabalho discute, através de lentes afro-diaspóricas, questões de violência, resiliência e necropolítica, entre outras.

A atuação consiste numa ação duracional, na qual Mombaça manufatura facas artesanais com materiais precários como pedaços de galho, atacadores de sapato e vidro quebrado, de acordo com a organização.

"Um arquivo de textos, nomes e sons acompanham todo o processo, como forma de trazer ao espaço uma multidão de vozes que, por meio da própria voz da artista, reclamam os seus corpos, as suas memórias e os seus modos de sobreviver, apesar da captura e da morte", acrescenta.

A exposição tem curadoria de Sara Antónia Matos e Pedro Faro.

A palestra "Que significa descolonizar?" decorre domingo, às 17:00, com Joacine Katar Moreira e Jota Mombaça.

Jota Mombaça, nascida em 1991, no nordeste do Brasil, "escreve, `performa` e faz estudos académicos em torno das relações entre monstruosidade e humanidade, giros descoloniais, interseccionalidade política, justiça anti-colonial, redistribuição da violência, ficção visionária e tensões entre ética, estética, arte e política nas produções de conhecimentos do sul-do-sul globalizado".

Foi convidada a participar na Bienal de Arte Contemporânea de Berlim para uma leitura-performance.

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