Associação Procur. Arte lança roteiro das artes do espectáculo

A associação cultural Procur.Arte, que tem como objectivo promover projectos culturais, lançou a primeira edição do "Pisa-Papéis", um roteiro das artes do espectáculo que se destina aos artistas e criadores de diferentes manifestações artísticas.

Agência LUSA /

Segundo disse à Lusa um dos mentores do projecto, Nuno Ricou de Carvalho "o `Pisa-Papéis` é uma plataforma de comunicação entre criadores e promotores, é um catálogo com a oferta cultural".

O roteiro é gratuito e tem uma edição limitada de 5000 exemplares, dos quais cerca de 3000 serão distribuídos pelos subscritores do projecto.

Entre os subscritores encontram-se diversas instituições culturais como a Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro Nacional de S.Carlos e a Companhia de Dança de Lisboa, entre outros.

O "Pisa-Papéis" está dividido em 11 secções do Teatro à Dança passando pelas Artes Circenses e Multidisciplinares.

Este projecto que tem como objectivo decentralizar e chegar o mais longe possível tem o reconhecimento do Ministério da Cultura como projecto de manifesto interesse cultural mas foi concretizado com fundos próprios, segundo adiantou Nuno Ricou Salgado.

"O grande valor deste projecto é ter no mesmo objecto físico espaços alternativos e outros mais comerciais" sustentou.

Um outro roteiro é editado desde 1995 pelo Instituto das Artes (IA), entidade tutelada pelo Ministério da Cultura, e inclui as artes plásticas, para além das de palco.

A edição de 2005/2006 do "Guia da Artes" será lançada no final do ano, mas ainda sem data prevista.

Este guia distingue-se do projecto "Pisa-Papéis" pelo seu "intuito pedagógico".

"Explica como montar um espectáculo ou uma exposição e tem um directório de contactos", segundo fonte do IA.

O "Guia das Artes" vai ser reeditado este ano na óptica do "artista criador", disse em Março à Lusa o responsável pelo projecto, Miguel Abreu.

Miguel Abreu, fundador da produtora Cassefaz, adiantou à Lusa que, para além de ser uma agenda de contactos, o guia deste ano terá "uma componente mais direccionada para a formação".

"Os números anteriores foram mais virados para a produção de espectáculos, este ano o Guia é elaborado mais na óptica do artista criador, seja ele encenador, músico ou artista plástico", referiu.

O livro irá incluir "todos os passos que um criador que se queira lançar em Portugal ou no estrangeiro tem que dar para exibir o seu trabalho".

Considerado por Miguel Abreu como um "instrumento de trabalho para profissionais", o "Guia das Artes" inclui uma repescagem da legislação sobre o sector artístico e informação dirigida a galeristas, produtores, estudantes e até autarcas.

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