Autarquia de Lisboa dá "luz verde" aos planos de modernização da APEL (ACTUALIZADA)

por © 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Lisboa, 16 Jan (Lusa) - A Câmara de Lisboa deu "luz verde" à modernização da Feira do Livro de Lisboa proposta pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que apoia com 150.000 euros.

Num ofício da Câmara de Lisboa, assinado pela vereadora da Cultura, Rosália Vargas, lê-se que o projecto apresentado pela APEL "representa um claro esforço de valorização deste evento".

"Neste sentido, reconhecemos a determinação em enfrentar os desafios colocados por um projecto cuja dimensão aponta para uma visão de futuro no sector dos editores e livreiros", lê-se no mesmo documento.

A vereadora sublinha que, enquanto entidade organizadora da 79ª Feira do Livro de Lisboa, a APEL "deverá garantir a participação alargada de todos os representantes".

O presidente da APEL Rui Beja confirmou à Lusa a recepção do ofício camarário, mas mostrou-se céptico quanto à possibilidade de abrir a Feira a 23 de Abril, conforme a proposta apresentada.

"Dado o facto de o prazo previsto para a Câmara dar a sua resposta ter terminado no dia de Natal e por várias questões, todo o processo se atrasou e será difícil cumprir a data prevista. Teremos de adiar a inauguração cerca de uma semana", assinalou.

Abrir a Feira no Dia Mundial do Livro, tornando "a inauguração um grande evento cultural", era o que Beja pretendia, conforme declarações à Lusa em Dezembro passado.

A proposta da APEL aceitava a "diferenciação de pavilhões" com "regras em prol de uma desejada harmonização".

A proposta apresentada, e aceite pela edilidade, inclui "um aumento da área de restauração, mais qualificada, uma mini-feira do livro infanto-juvenil, melhorias dos acessos, instalações sanitárias, e sinalética".

O projecto apresentado teve em conta as conclusões do inquérito feito aos visitantes da Feira realizada no ano passado. "A esmagadora maioria" escolheu o Parque Eduardo VII como "o local ideal".

Quanto ao novo formato dos pavilhões, Beja precisou que eles "serão diferentes, com materiais mais modernos, mas reflectindo a tradição".

"Os pavilhões serão modulares, permitindo acoplarem-se uns nos outros, podendo ainda cada editor dispô-los como entender e facilitando também o acesso a crianças e a pessoas com deficiências. São mais flexíveis e permitem uma utilização pelas diferentes editoras sem custos adicionais na inscrição e haverá até uma certa economia", explicou.

Foi já adjudicada à empresa Jis a construção destes pavilhões, que servirão em Maio e Junho à Feira do Porto.

A nova Feira deve, igualmente, ser "inclusiva", procurando uma ligação com todo o mercado livreiro e neste sentido Rui Beja indicou que se procurará estabelecer "parcerias com as livrarias da cidade, nomeadamente através de acções conjuntas, alargando a intensidade da Feira".

A Câmara propõe-se dar um apoio financeiro de 150.000 euros, "como forma da comparticipação anual num esforço de modernização que acompanha as expectativas de públicos cada vez mais exigentes".

O Brasil será o país-tema da próxima feira.


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