Baptista Lopes lamenta que não tenha havido uma fusão entre APEL e UEP

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Lisboa, 23 Mai (Lusa) - A poucas semanas de terminar seis anos à frente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, António Baptista Lopes lamentou hoje que a fusão entre as duas associações de editores e livreiros não tenha sido concretizada.

"Lamento muito que não tenha sido conseguida", disse Baptista Lopes na apresentação da programação da 78/a Feira do Livro de Lisboa.

A fusão entre a APEL e a União de Editores e Livreiros chegou a ser dada como certa, depois de terminado, a 31 de Dezembro passado, o longo processo contencioso entre as duas associações.

No entanto, nunca foi concretizada, mas Baptista Lopes recusou implicar o grupo editorial Leya nessa decisão.

"Entre 2003 e 2007 fizemos cinco feiras do livro de Lisboa e do Porto num ambiente de boa convivência. Este ano é que as coisas se complicaram", admitiu Baptista Lopes.

A exigência do grupo Leya de ter pavilhões diferenciados dos restantes, tradicionais, da feira foi um dos pontos da polémica que obrigou à realização de várias reuniões entre as associações de editores e livreiros e a autarquia.

"A conflitualidade deverá passar", disse Baptista Lopes, desejando que surja "uma estrutura que possa congregar os vários agentes" e que os novos corpos sociais da APEL procurem um entendimento para que "se possa trabalhar em conjunto".

A modernização da Feira do Livro de Lisboa já só se fará notar na edição de 2009, ficando nas mãos da próxima direcção, mas Baptista Lopes lembrou que esse desejo de mudança já era antigo.

"A mudança já estava prevista, mas o contencioso [com a UEP] atrasou tudo e não permitiu o desenvolvimento do trabalho de renovação do equipamento", disse o ainda presidente da APEL, a entidade organizadora das feiras do livro de Lisboa e do Porto.

SS.


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