Biografia "sumarenta" sobre Herman José é apresentada na sexta-feira
Lisboa, 17 nov (Lusa) - O humorista Herman José quer escrever a autobiografia quando for mais velho, mas por enquanto considera "Herman - O Verdadeiro Artista", de António Costa Santos, o balanço de vida e de carreira.
"É um livro bem escrito, sumarento. É um balanço de vida e de carreira. É um excelente presente de Natal para quem gosta de mim", disse Herman José à agência Lusa, a propósito da biografia que o autor António Costa Santos escreveu sobre o artista e que será apresentada na sexta-feira em Lisboa.
Como prefácio de Mário Soares, que assume ser um "rendido admirador" do humorista, que "tem graça em tudo", a biografia é um retrato de "uma das figuras mais relevantes da Cultura portuguesa contemporânea", anuncia António Costa Santos.
"Por isso não espere o leitor grandes imparcialidades da minha parte no tratamento desta sua biografia", alerta no texto introdutório.
Ao longo de quase trezentas páginas, profusamente ilustradas com fotografias de Herman José, o autor conta o percurso profissional de Herman José, baseando-se nos testemunhos do próprio artista e de artigos de arquivos.
"A minha carreira começa oficialmente quando vou à tv em 1972 tocar um bocadinho num programa juvenil, mas se pegar no arranque oficial como artista pago está algures entre 1974, 1975", recordou Herman José à Lusa.
Na obra estão contadas as peripécias, reveses e sucessos de vários programas televisivos, a par da vida pessoal do humorista, dos tempos de escola, da irreverência da adolescência, da "fase Rolex", quando Herman José se divertia "como um miúdo a ostentar os seus brinquedos caros".
O livro inclui ainda páginas fac-similadas dos cadernos de apontamentos dos guiões e argumentos de alguns dos programas que Herman José escrevia: "Era um caderninho escrito à mão onde se pode ver o nascimento das personagens. Nem eu me lembrava que existia", disse à Lusa.
Herman José quer trabalhar até morrer e a morte é também um assunto da biografia.
"O meu ídolo é o humorista americano George Burns, que morreu com cem anos e 46 dias e com 36 espetáculos marcados. Acho maravilhoso. Eu tenho a esperança de morrer aos cem anos e com mais de 36 espetáculos marcados", escreveu António Costa Santos no final do livro, citando uma entrevista de Herman José à revista Caras em 2008.
"Herman - O Verdadeiro Artista" tem o selo da editora Guerra & Paz e será apresentado na sexta-feira às 18:30 em El Corte Inglès, em Lisboa.
SS.
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