Cabo-verdiano Claudino Henriques Veiga vence prémio literário Arnaldo França/INCM
O romance "Djarbás da Fontarém --- Silhueta de um País em Trânsito", do cabo-verdiano Claudino Henriques Veiga, é o vencedor da 8.ª edição do Prémio Literário Arnaldo França, anunciou hoje a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM).
O prémio, criado em parceria com a Impresa Nacional de Cabo Verde (INCV), distinguiu o autor a residir nos Estados Unidos da América (EUA) pela "solidez narrativa" e "intensidade literária com que a obra acompanha a trajetória de Djarbás Gervásio de Sá Dorlenes, jovem de Fontarém, na ilha do Fogo, num período conturbado da história recente de Cabo Verde".
O júri constituído por Manuel Brito-Semedo, Maria de Fátima Fernandes e Paula Mendes, justificou a escolha -- por entre 32 candidaturas -- pela forma como a obra "conjuga memória, mito e política", criando uma reflexão "sobre identidade, liberdade e pertença".
Claudino Henriques Veiga nasceu na Ilha do Fogo, Cabo Verde, e mudou-se em criança com os pais e irmãos para a capital, Praia, onde estudou até viajar para os EUA -- prosseguindo estudos superiores e iniciando um percurso onde se cruzam a ciência, o ensino e a criação literária.
Com diplomas em Engenharia Eletrónica, Engenharia Física e doutoramento em Matemática Aplicada pela Universidade de Harvard, trabalhou em empresas associadas ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e à NASA.
O autor recebe cinco mil euros de prémio pecuniário e o trabalho vai ser publicado pela editora pública portuguesa, a Imprensa Nacional.
O Prémio Literário Arnaldo França visa promover a língua portuguesa e o talento literário com origem em Cabo Verde, bem como homenagear Arnaldo França, figura destacada da literatura e cultura do arquipélago.