Casa da Música exibe filme "O feiticeiro de Oz" com a banda sonora tocada ao vivo pela ONP

Porto, 28 Fev (Lusa) - A Orquestra Nacional do Porto (ONP) dirigida por Neil Thomson, participa sexta-feira, na Sala Suggia da Casa da Música, numa apresentação original do clássico da Sétima Arte "O Feiticeiro de Oz", de Victor Fleming (1939).

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Na sessão, será apresentado o filme, cuja música original, da autoria de Harold Arlen, a Orquestra Nacional do Porto executará em perfeita sincronia com a acção fílmica.

A sessão será precedida de uma conversa com o jornalista Mário Augusto, responsável pela informação sobre cinema da SIC, que falará sobre a importância do filme na história do cinema.

Na prática, a sessão oferece uma oportunidade única para ver um concerto de Judy Garland (falecida em 1969) com a Orquestra Nacional do Porto.

Estreado a 15 de Agosto de 1939 - 15 dias antes do início da II Guerra Mundial - "O Feiticeiro de Oz" é um dos grandes sucessos da história do cinema, tendo recebido os Óscares de Melhor Banda Sonora e Melhor Canção Original.

A sessão é possível graças às mais recentes tecnologias, que permitem isolar na fita original a voz dos actores e projectar o filme com acompanhamento orquestral ao vivo.

Inspirado na história infantil escrita por L. Frank Baum, no início do século XX, O Feiticeiro de Oz teve um custo brutal para a época, com um orçamento que atingiu um milhão de dólares.

Catorze argumentistas participaram na elaboração do guião deste filme, cuja filmagem foi atribulada, com uma sucessão de acidentes com equipamento, intoxicações alimentares e os desmaios num estúdio que a forte iluminação transformava num inferno.

A rodagem durou entre 12 de Outubro de 1938 e 16 de Março de 1939, tendo todo o esforço e problemas da rodagem acabado por resultar num filme inesquecível.

O verdadeiro mago de Oz foi Mervyn Leroy, o produtor que insistiu na escolha de Judy Garland, quando todos apostavam na pequena estrela Shirley Temple.

Foi Mervin Leroy que garantiu ao realizador George Cukor que tinha ali material mágico para fazer um filme, que exigia uma banda sonora diferente com melodias tradicionais e acessíveis, numa perfeita sintonia entre a letra e a música.

Estas e outras histórias sobre O Feiticeiro de Oz vão ser tema da conversa pré-concerto a cargo do jornalista Mário Augusto, numa visita guiada aos bastidores da rodagem do filme, quase 70 anos depois da sua estreia.

PF.

Lusa/Fim


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