"Cavalgada": Sangue quente entre o Fado e o Flamenco

"Cavalgada" é o primeiro single dos Sangre Ibérico e que integrará o primeiro disco do grupo com data prevista de saída em 2017.
Uma versão do tema original de Roberto Carlos, agora produzido por Diogo Clemente é a montra de um trio que junta a paixão pelo fado aos ritmos do flamenco. Os "Sangre Ibérico", revelados ao público na última edição do "Got Talent Portugal", são um dos projetos mais inovadores da música nacional

João Fernando Ramos, Rui Sá /
Os "Sangre Ibérico" unem Portugal e Espanha na transformação de fados, e de música tradicional portuguesa, em rumbas flamencas, para além de escolherem, e arranjarem temas originais, e também em castelhano.

Servidos por músicos de excelência, possuem um dos melhores guitarristas do género a tocar em Portugal, e uma voz única, numa mistura de rouquidão, sensibilidade, alma e timbre. Os "Sangre Ibérico" são nesta altura apontados como uma das maiores revelações da música portuguesa, tendo já assinado um contrato de 3 anos com uma das maiores editoras do mundo, a Sony Music, e esperam-se para breves novidades ao nível discográfico.

Formaram-se em 2014, inicialmente só com voz e guitarra, André Amaro, e Alexandre Pereira, Cajon. Deram o seu primeiro concerto a 5 de Julho de 2014 em Vila Franca de Xira. Em Setembro de 2015, conhecem o terceiro elemento, Paulo Maia, o guitarrista que procuravam, para dar o toque final ao projecto ambicionado.

André Amaro, Voz e Guitarra, estranhamente só começa a cantar aos 20 anos, e foi a surpresa geral daqueles que inicialmente o escutaram, ficando desde logo impressionados com as qualidades vocais demonstradas. Sendo oriundo da Aldeia do Bispo (Sabugal, Guarda), sempre teve intenso contacto com a raia espanhola, o que se traduz agora num castelhano perfeito, que em muito beneficia as suas interpretações.

O Alexandre Pereira vem de Vila Franca de Xira, e o meio onde nasceu, e cresceu, despertaram-no para a música flamenca. Tendo desde muito novo começado a tocar, e a interessar-se pelo "Cajon", é hoje um dos mais interessantes executantes deste instrumento.

Paulo Maia é natural de Setúbal, e desde novo assistia a momentos musicais com indivíduos de raça cigana, aí começando o seu interesse, quer por este género musical, quer pela guitarra clássica. Acreditando no seu sonho, ruma a Barcelona para aprender a tocar o instrumento por que se apaixonara. Volta mais forte, mais capaz e sobretudo muito melhor executante.
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