Centro de Artes Arquipélago inaugura exposição para manter viva memória de Lourdes Castro

A exposição "Lourdes Castro: existe luz na sombra", que vai ser inaugurada no sábado, no Arquipélago -- Centro de Artes Contemporâneas dos Açores, pretende "manter viva" a memória de uma das mais relevantes artistas portuguesas do século XX.

Lusa /

"O objetivo é preservar a memória de Lourdes Castro, mantê-la viva e dá-la a conhecer como uma das artistas mulheres mais consensuais do ponto vista estética e artístico do século XX português, com um percurso incontável no campo das artes plásticas", explicou à agência Lusa a curadora Márcia de Sousa.

Trata-se da primeira exposição nos Açores de Lourdes Castro (1930-2022) que se afirmou no século XX como uma das mais importantes artistas plásticas portuguesas.

"Decidimos conceber um projeto que permitisse não só apresentar pela primeira vez nos Açores uma exposição dedicada a Lourdes Castro, mas também `itinerar` o projeto para outros pontos do país, permitindo ao público regional e nacional conhecer o seu legado, a sua vasta obra e o seu percurso artístico", detalhou.

A exposição vai contar com obras do arquivo pessoal da artista, bem como de outras instituições, como o Museu de Arte Contemporânea da Madeira, fundações de Serralves e Calouste Gulbenkian, Culturgest e a Galeria Ratton.

Para a curadora, trata-se de uma "exposição para ver devagar e com tempo", porque tem "obra que raramente foi exposta" e "documentação que nunca foi exposta" ao público.

"Este projeto está organizado de forma ampla, permitindo não só conhecê-la do ponto vista biográfico através do seu percurso de vida, passando por vários momentos importantes do seu percurso pessoal e profissional, mas também fazendo um périplo pelos momentos mais importantes da sua carreira artística", realçou.

Márcia de Sousa destacou a importância de "construir memória" e "garantir que o legado" da artista natural da Madeira chegue às "gerações mais novas".

"Lourdes Castro: existe luz na sombra" resulta de uma parceria entre o Mudas - Museu de Arte Contemporânea da Madeira e o Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas dos Açores.

Em março de 2026, a exposição vai seguir para a Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, passando, depois, pelo Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, e pela Madeira.

A exposição vai ser inaugurada no sábado às 16:00 (locais), no Arquipélago - Centro de Artes Contemporâneas dos Açores, localizado na Ribeira Grande, ilha de São Miguel.

Tópicos
PUB