Cidade chinesa vai multar quem utilizar serviço que permite aceder a sites censurados

por Lusa

A cidade chinesa de Chongqing, uma das mais populosas do país, vai passar a multar os utilizadores de VPN (Virtual Proxy Network), um serviço que permite aceder a páginas da Internet censuradas pelo Governo chinês.

Segundo o jornal Global Times, quem usar uma VPN, que permite aceder à rede através de um servidor localizado fora da China, sujeita-se a ser multado num valor até 15.000 yuan (2.013 euros).

As autoridades vão também confiscar os ganhos obtidos por quem disponibilizar aquele serviço.

A China é um dos países do mundo que exerce maior controlo sobre a Internet, a par da vizinha Coreia do Norte e do Irão.

A censura imposta por Pequim no ciberespaço resulta no bloqueio de vários portais estrangeiros e redes sociais como o Facebook e o Twitter.

Segundo o Global Times, a regulação entrou em vigor no passado mês de junho e irá vigorar até 2021, com o objetivo de "reforçar o primado da Lei e a segurança do ciberespaço".

Com trinta milhões de habitantes, Chongqing é a terceira cidade mais populosa da China, a seguir a Cantão (sul) e Xangai (sudeste).

Este ano é particularmente sensível para a censura chinesa, visto que no outono se realizará o 19.º Congresso do Partido Comunista da China, o mais importante acontecimento da agenda política chinesa, que se realiza de cinco em cinco anos.

O evento servirá para remodelar o Comité Central do Politburo, a cúpula do poder no país asiático.

País mais populoso do mundo, com cerca de 1.375 milhões de habitantes, a China é também o país com mais internautas, cerca de 710 milhões - 92,5 por cento dos quais acedem à rede através de smartphones, segundo dados oficiais.

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