A nova obra tem como título "George e a casa do tesouro cósmico" e é a segunda parte do livro "A chave secreta do Universo - uma maravilhosa aventura pelo cosmos", publicado no ano passado.

"George e a casa do tesouro cósmico" conta com a colaboração de Lucy Hawking, filha do cientista, que destaca a habilidade do seu pai "para expressar as coisas de forma muito simples".

Numa entrevista concedida à revista "New Scientist", Stephen Hawking assegura que as crianças "estão fascinadas por buracos negros" e o questionam acerca desta questão.

A nova obra conta a história de George, o mesmo protagonista de "A chave secreta do Universo - uma maravilhosa aventura pelo cosmos", que "começa uma viagem pelo sistema solar seguindo uma série de pistas para encontrar o tesouro cósmico usando o supercomputador do seu vizinho, Cosmos", explica Hawking.

O cientista britânico reconhece que espera ser recordado pelo seu trabalho sobre os buracos negros e a origem do universo.

"O único assunto que a religião pode reinvindicar para si é a origem do universo, mas mesmo aqui a ciência está evoluindo", assinala Hawking, que prognostica que nos próximos 20 anos se conheçam todos os detalhes.

Hawking é Professor Lucasiano de Matemática em Cambrige, título anteriormente conferido ao célebre físico do sec. XVIII Isaac Newton.

Foi nomeado para esse cargo em 1979 mas terá de o deixar no final deste ano académico devido aos seus 67 anos de idade, limite imposto para jubilação pelos estatutos da Universidade de Cambridge.

Mundialmente conhecido pelos seus trabalhos sobre o universo e a gravidade, Stephen Hawking sofre de esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa paralisante diagnosticada há mais de 40 anos, quando os médicos lhe prognosticaram "algumas semanas" de vida.

Confinado a uma cadeira de rodas, só consegue comunicar graças a um computador e a um sintetizador vocal.