Cine-Teatro Camacho Costa reabre em Odemira
O Cine-Teatro de Odemira, que ostenta agora o nome do actor Camacho Costa, falecido em 2003,vai reabrir ao público quinta-feira, depois de mais de uma década fechado para obras, anunciou a autarquia.
A Câmara Municipal de Odemira explica que na sala de espectáculos foram feitas obras de remodelação e ampliação superiores a um milhão de euros, tendo também sido adquirido equipamento no valor de 171 mil euros.
O equipamento tem capacidade para 276 espectadores e vai ser gerido pela Câmara Municipal.
Projecção de cinema, às quartas-feiras, sextas-feiras e sábados, e a realização de seminários e conferências são algumas das iniciativas que vão constar do programa do renovado cine-teatro.
"A vila e o concelho voltam a ter uma sala de espectáculos nobre, depois de muitos anos de portas fechadas devido à deterioração do edifício", sublinha a autarquia.
O início da cerimónia de reabertura das portas do cine-teatro está marcado para as 11:00 e inclui o visionamento de um documentário sobre a vida e obra de Camacho Costa, actor nascido em Odemira.
Na sexta-feira e no sábado prosseguem as iniciativas, com várias sessões de cinema.
No domingo, é a vez do teatro "dominar" o palco, com a peça "Peso Certo", de Fernando Mendes.
O Cine-Teatro de Odemira começou por ser a sede da antiga e entretanto extinta Sociedade Recreativa Odemirense.
Durante as obras de remodelação, que se prolongaram por vários anos, foram encontrados vestígios arqueológicos no quintal do edifício, que levaram à paragem da empreitada para a realização de escavações.
Essas pesquisas detectaram vestígios da Idade do Ferro e da época romana, nomeadamente o fosso da muralha antiga da vila, escavado na rocha e datado dos séculos II a III ou IV a.C., segundo a autarquia.
Ânforas produzidas no Mediterrâneo Ocidental, louças finas (consideradas artigos de luxo na Antiguidade), moedas romanas e outras peças em bronze, bem como ossadas de animais, foram outros dos materiais encontrados.
De acordo com a Câmara Municipal, os materiais foram estudados e retirados, para serem futuramente colocados num museu, tendo o local sido novamente tapado, para que avançassem as restantes obras de remodelação do Cine-Teatro.
RRL.
Lusa/Fim