David de Almeida expõe gravura na Alemanha

O artista plástico português David de Almeida vai expor cerca de 40 trabalhos de gravura, entre meados deste mês e meados de Outubro, em duas galerias de Munster, na Alemanha, no quadro do Festival de Artes que ali decorre.

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Comissariadas por Martin Rehkopp, as duas exposições - com cerca de 20 gravuras cada - estarão patentes nas galerias Kloster Bentlage e Kunstverein Ahlen, a primeira entre 15 de Setembro e 14 de Outubro e a segunda entre 17 de Setembro e 14 de Outubro.

Em declarações à Lusa, David de Almeida assinalou que as exposições, integradas no Munsterlandfestival, inserem-se "num ambiente cultural único, pois têm ligação diária com a Dokumenta de Kassel, também a decorrer, o que para qualquer artista ali representado é uma oportunidade rara".

Esta é a primeira vez que David de Almeida, um dos mais destacados gravadores portugueses, participa no evento.

Munster, assinalou, é uma cidade "com grande actividade cultural" e a gravura "uma discipina das artes plásticas muito querida dos alemães".

"De dez em dez anos - referiu - convocam escultores de todo o mundo e vão povoando a cidade e arredores com esculturas representativas, produzidas `in situ`: Chillida, Richard Serra, Jeff Koons, Orozco e muitos outros participaram nas últimas edições. Decorre este ano também".

Nascido em 1945 em S. Pedro do Sul, David de Almeida frequentou a Escola António Arroio, a Gravura - Cooperativa de Gravadores Portugueses, o Atelier 17 (Paris) e a Goldsmiths University of London (Holography workshop), como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.

Expondo indiviual e colectivamente desde 1970, tem participado regularmente em Feiras de Arte como a Artexpo de Nova Iorque, Estampa e Arco de Madrid e a de Frankfurt, entre outras, e em Bienais Internacionais como as de São Paulo, Ljubljana, Cracóvia, Paris e São Francisco.

Aos 32 anos foi distinguido com a Medalha de Ouro da Associação de Gravadores Espanhóis, Madrid, galardão a que se seguiram o Prémio Nacional de Gravura, em 1980, o Grande Prémio de Gravura na Bienal de Vila Nova de Cerveira, em 1982, o Prémio de Aquisição na III Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1986, o Prémio Nacional de Gravura - Museu de Gravura Espanhola Contemporânea, Espanha, em 1999, o Prémio Julio Prieto Nespereira - Medalha de Bronze, na VIII Bienal Internacional de Grabado Caixanova, Ourense, em 2004, e o Prémio Internacional de Arte Gráfica Jesús Núñez - Betanzos - Corunha, 2006.


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