A equipa arqueológica da Universidade católica de Lovaina, Bélgica, fez este achado na passada semana na antiga cidade romana de Sagalassos, situada na cordilheira de Taurus (sul da Turquia), onde os investigadores trabalham desde os anos 90.

Wealkens explicou que a importância da descoberta da estátua reside, por um lado, "na perfeição com que está talhada".

A peça faz parte de um colossal grupo de estátuas de vários membros da dinastia Antonina, de origem hispânica, que reinou no Império Romano entre os anos 96 e 192 d.C, o que a converteu na família que mais tempo esteve à frente dos destinos de Roma e que deu alguns dos governantes mais bem cotados da história desse império.

Os restos da última escultura a ser achada pertencem à cabeça de Marco Aurélio.

Nascido em 121 d.C e considerado o último dos "Cinco imperadores bons" de Roma, Marco Aurélio reinou cerca de duas décadas, desde o ano 161 até à sua morte em 180.

Em Julho de 2007, a equipa arqueológica belga encontrou também os restos de uma estátua do imperador Adriano, que governou entre os anos 117 e 138 d.C.

Há apenas duas semanas recuperou-se igualmente a cabeça praticamente intacta de Faustina, mulher do imperador Antonino Pio, que governou entre 138 e 161.

Calcula-se que estas estátuas teriam entre quatro e cinco metros de altura. Um terramoto no século IV reduziu a escombros as termas onde se encontravam e uma praga dizimou a população local, do que resultou o posterior abandono da localidade.

Considerada uma das cidades da Antiguidade mais bem conservadas do mundo, Sagalassos exibe as suas ruínas entre as rochas dos montes Taurus que se erguem a mais de 1.400 metros de altitude.

RMM.