Diverlanhoso atrai adolescentes e quadros de empresas

O Diverlanhoso, um dos maiores parques de diversão e aventura da Península Ibérica, situado na Póvoa de Lanhoso, Braga, recebe anualmente 55 a 60 mil pessoas, que ali se exercitam física e mentalmente em contacto com a natureza.

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O parque conta com 20 técnicos www.urbi.ubi.pt

Ali são praticadas 28 actividades diferentes, como descida de cursos de água em canoa, prática de kartcross, slide, escalada, rappel, tiro com arco e armas de pressão de ar, paintball e jogos populares, segundo os responsáveis.

Procurado maioritariamente por pessoas entre os 25 e os 35 anos, mas frequentado por "radicais" de todas as idades, nomeadamente grupos de adolescentes de escolas de todo o país, o Diverlanhoso "é uma curtição", no dizer dos seus frequentadores.

"Estive cá a semana da Páscoa e adorei, sobretudo, fazer escalada e rappel", confessou à Lusa Joana Filipa, de 15 anos, que volta sempre que pode, nem que seja por um dia.

A Joana, que estuda piano em Braga, diz que "curtiu bué" o saber e a destreza dos monitores, a adrelanina das escaladas, e o convívio sem horas das camaratas.

Além dos jovens que "se passam" com a paisagem e os equipamentos de desportos radicais, o local é procurado por casais com filhos, grupos e associações desportivas e recreativas e até empresas que querem endurecer os seus quadros e criar espírito de equipa.

Muitos procuram a iniciação ao canyonning ou "drafting", sendo levados pelos especialistas do "Diver" aos rios que permitem a sua prática, o Minho, o Paiva ou o Tâmega.

"É uma actividade espectacular devido ao gozo que dá e pela agilidade a que nos obriga", disse à Lusa Fernando Pinto, engenheiro civil que veio da zona do Porto, com alguns amigos, para experimentar os "rápidos" dos cursos de água.

Os mais calmos ou os mais anafados exercitam as pernas e a mente com passeios pedestres pela montanha da zona - situada no limite dos concelhos da Póvoa de Lanhoso e de Vieira do Minho - onde ainda subsistem aldeias com vida.

Outros montam uma bicicleta, um jipe ou uma moto 4 e descobrem caminhos rurais de difícil acesso, no meio de pinhais e carvalhais.

"Eu procuro fazer as várias modalidades radicais, desde o rappel à moto 4X4", afirma João Pires, técnico de informática de Famalicão, enquanto retira o capacete e limpa o pó da cara.

Para atender às necessidades dos diferentes grupos e gostos radicais, o parque conta com 20 técnicos, a maioria deles formados em educação física ou em vias disso.

Além de assegurarem a iniciação às actividades, eles zelam pela segurança dos utentes, ensinando-os a usar os equipamentos de protecção, que ali abundam, não tando até agora acontecido, segundo os responsáveis, "nenhum acidente".

De resto, e em termos de segurança, tudo está previsto, desde o seguro de acidente pessoal até aos de responsabilidade civil: "toda a gente que aqui entra está segura", assegura.

O mesmo cuidado é posto nos equipamentos hoteleiros, na limpeza de camas e camaratas, ou da zona de campismo, e no restaurante, pois "a comida é boa", garante Mafalda Taveira, de 34 anos, bióloga, que ali foi com o companheiro, especialmente para fazer rappel.

O Diverlanhoso-Adventure Park, onde foram investidos 4,3 milhões de euros, ocupa uma área de 170 hectares, junto do Parque Natural da Peneda-Gerês, estando dotado de seis bungalows (um do tipo T5, três T4 e dois T2), duas camaratas (30 camas para senhoras e outras tantas para homens), um restaurante panorâmico, um pequeno auditório, um lago artificial e uma loja de equipamentos para desporto e actividades de ar livre.

Tem ainda zonas verdes, parque de merendas, parque infantil, espaços de convívio - onde se podem fazer bailes ou sessões de karaoke - parque de estacionamento e posto de primeiros socorros.

O sucesso da estrutura beneficia a economia local e mesmo a regional, dado que há grandes grupos de pessoas que ali acorrem, por exemplo, em concentrações de motos e reuniões de empresas, e se hospedam em hotéis da região, frequentando também bares e discotecas e adquirindo produtos locais.

"Vamos expandir a empresa para a zona do vale do Tejo, onde estamos em negociações para adquirir um espaço e montar um parque radical mais ligado a actividades radicais com água", adiantou Jorge Vieira, admitindo que será um investimento de quatro milhões de euros a concretizar ainda em 2007.


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