"O Espelho Mágico" (2005), a partir da obra "A alma dos ricos", de Agustina Bessa-Luís, estreou naquela cinemateca na sexta-feira e estará em cartaz até 03 de Junho.

O filme, protagonizado por Ricardo Trepa, Leonor Silveira e Marisa Paredes, é "uma enigmática e sombria reflexão sobre espiritualidade, dúvida e experiência", lê-se no jornal The New York Sun.

Num longo artigo dedicado ao decano dos realizadores portugueses, o diário nova-iorquino tece rasgados elogios à cinematografia de Manoel de Oliveira, que compara com a de cineastas como Jean-Luc Godard, Eric Rohmer ou Alain Resnais.

Referindo que "O espelho mágico" faz lembrar a obra de Luís Buñuel, o jornal considera que o modo de filmar de Manoel de Oliveira é ao mesmo tempo antigo e moderno, sublinhando o estilo assente nos longos planos e na preferência dos diálogos em detrimento da acção.

A partir e sexta-feira e até ao dia 07 de Junho, o Anthology Film Archives irá ainda exibir o filme "O Quinto Império - ontem como hoje" (2004), centrado na figura de D. Sebastião e na batalha de Alcácer Quibir.

Manoel de Oliveira, que em 2008 completará cem anos, esteve este ano a rodar nos Estados Unidos o seu mais recente filme, "Cristóvão Colombo - o Enigma", inspirado numa obra do historiador luso-americano Manuel Luciano da Silva e da sua mulher Sílvia Jorge de Silva, que defendem a teoria que aquele navegador era português.

De acordo com o realizador, "não se trata nem de um filme científico ou histórico, nem de carácter propriamente biográfico, mas sim de uma ficção de teor romanesco, evocativa da grandiosa gesta dos Descobrimentos Marítimos".