Empresário "Djô" da Silva lamenta "perda indescritível"
Cidade da Praia, 17 dez (Lusa) - O empresário da cantora cabo-verdiana Cesária Évora considerou hoje a morte da sua "Cize" como uma "perda indescritível", lembrando, num curto comunicado, o "legado artístico e humano" da artista que tinha "um encanto subtil na voz".
José da Silva ("Djô"), o homem que (e)levou Cesária Évora ao palco mundial, lembrou, de forma sucinta, o percurso artístico da "Diva de Pés Descalços" desde os tempos em que cantava informalmente no Mindelo, em plenos anos 60 do século XX, até ao início da carreira internacional, nos anos 90.
"Cantando informalmente nas noites do Mindelo desde a sua juventude, nos anos 60, Cesária Évora iniciou a sua carreira internacional no início dos anos 90, levando o nome de Cabo Verde a terras remotas através do encanto subtil da sua voz, que durante as últimas duas décadas emocionou plateias ao redor do mundo", escreveu.
"Pelo que nos deixou como legado artístico e pelo que foi como ser humano, sentimos neste momento uma indescritível perda", concluiu o empresário responsável pela Lusáfrica, que a Lusa tem estado, sem sucesso, a tentar contactar.
No comunicado, "Djô" da Silva confirma a morte de Cesária Évora, 70 anos, indicando que ocorreu às 11:45 locais (12:45 em Lisboa) no Hospital Baptista de Sousa, no Mindelo (ilha de São Vicente), onde se encontrava internada desde sexta-feira devido a problemas respiratórios.
A fama internacional de Cesária Évora deve-se fundamentalmente a José da Silva, que pegou na já não tão jovem "Cize", contava então 45 anos, para, no início dos anos 90 do século XX, promover a cantora mindelense, que cantava sempre de pés descalços, primeiro em França, seguindo-se, depois, Portugal e o resto do mundo.