Enrique Iglesias diz que os seus fãs nem sabem quem é Julio Iglesias
O cantor espanhol Enrique Iglesias, filho do veterano Julio Iglesias, considera que os seus fãs, em geral da sua faixa etária, não sabem quem é o seu pai, apesar do progenitor lhe levar um grande avanço em discos de platina e de ouro.
"Os meus fãs, na verdade, não sabem quem é Julio Iglesias", afirmou Enrique Iglesias numa entrevista publicada hoje pela revista feminina alemã "Für Sie".
O cantor, de 32 anos, mostra-se orgulhoso por ter começado a sua carreira musical sem a ajuda de seu pai, ao propor as suas primeiras gravações de ensaio sob pseudónimo para não ser reconhecido nem conotado com o conceituado cantor romântico espanhol.
Quanto à sua imagem como símbolo sexual, Enrique Iglesias assegura que não tem intenção de seguir os passos de seu pai, que tem fama de grande conquistador, e afirma rotundamente que "apesar das frequentes atitudes de oferecimento das fãs, nunca ousaria aproveitar-se dessas situações".
Desmente igualmente a eventualidade de casar com a sua actual companheira sentimental, a tenista Anna Kounikova, entre outras razões porque "não acredita na instituição do casamento".
"É um modelo de vida ultrapassado", considera o filho de Júlio Iglésias, um outro cantor romântico que tem resistido ao passar dos anos sempre com grandes audiências e a fazer o gáudio de várias gerações de fãs em todo o mundo.
Contudo, Enrique tenciona em vir a formar família e imagina-se a ter dois filhos, para os quais será "certamente bom pai".
Enrique Iglesias vendeu em três anos mais de 10 milhões de exemplares com os seus dois primeiros álbuns ("Enrique Iglesias" e "Vivir"), além de ter vencido um Grammy na categoria de Melhor Artista Pop Latino, tornando-se no mais impressionante fenómeno hispânico dos últimos 25 anos, colocando-se na linha da frente das estrelas pop mundiais da actualidade.
Nasceu a 8 de Maio de 1975 em Madrid, filho do famoso cantor romântico Julio Iglesias. Aos sete anos vai viver para Miami, onde estuda aproveitando o melhor das culturas americana, europeia e hispânica, fornecendo-lhe cada uma delas as suas respectivas influências musicais.
Edita o seu primeiro álbum homónimo aos 20 anos (disco esse preparado em segredo desde os 16 anos). Nos primeiros três meses após a edição do disco são vendidas um milhão de cópias e Enrique alcança mesmo o seu primeiro disco de ouro em Portugal (apenas três semanas após a sua edição).
"Enrique Iglesias" alcança a marca dos 5,8 milhões de vendas e o sucesso repete-se com o seu segundo trabalho, "Vivir", editado em 1997, que vende mais de cinco milhões de cópias em todo o mundo.
Nos Estados Unidos alcança dois Discos de Platina, referentes a vendas superiores a dois milhões de cópias dos seus dois primeiros álbuns. Nove das suas canções chegaram a "número um" em rádios de 19 países nas Américas, Europa e Ásia, provando a consistência da sua carreira internacional.
Enrique gravou em três línguas (espanhol, italiano, português e inglês, a sua segunda língua e em 1997 iniciou a sua primeira digressão mundial, que incluiu 78 concertos em 13 países, que foram vistos por mais de 720 mil pessoas.
A sua lista de prémios é já considerável e inclui 116 Discos de Platina, 227 de Ouro, 26 prémios internacionais, incluindo um Grammy na categoria de Melhor Artista Latino, em 1996, um disco considerado Álbum do Ano pela revista Billboard, ou um World Music Award para Melhor Artista Latino, entre muitas outras distinções.
Em 1998 edita "Cosas Del Amor" e, em 1999, segue-se "Enrique", um disco mais dance-pop e mainstream que os anteriores, que inclui hits como "Rythm Divine" e "Be With You".
Em 2001, o músico desviou-se um pouco a sua linha sonora habitualmente preenchida por baladas, para dar lugar a coisas mais próximas do rock, chamando à experiência "Escape".