Lisboa, 10 Jan (Lusa) - A escultora Leonor Antunes tem patente em Turim uma exposição com trabalhos "de leitmotiv pós-dadaísta, que revisita valências poeticamente cripto-conceptuais no âmbito de uma elegante e delicada estética neo-deco", escreve online o jornal La Stampa.
Nascida em 1972 em Lisboa, em cuja faculdade de Belas Artes se formou em escultura em 1972, Leonor Antunes vive e trabalha actualmente em Berlim.
Patente na galeria Barriera até ao dia 19, o novo conjunto de obras da artista integra sete instalações inspiradas no trabalho de Carlo Mollino, arquitecto e fotógrafo de quem se celebrou há três anos o cententário do nascimento.
No texto de uma exposição que a artista apresentou em Serralves em Outubro de 2006, comissariada por João Fernandes e Ricardo Nicolau, lê-se que Leonor Antunes "tem vindo a construir um dos percursos mais coerentes e idiossincráticos da recente arte portuguesa, pensando a escultura como um catalisador da relação do espectador com espaços particulares".
"O seu processo de trabalho - escrevem os dois comissários - parte invariavelmente de uma observação metódica de sítios, em que o caminhar ganha um protagonismo fundamental - segundo a artista, `andar é uma das primeiras formas de conhecimento do espaço`".
Por isso - explicam - as suas obras abdicam de um ponto fixo de observação, levando-nos também a nós a caminhar. A artista garante assim, e numa experiência que para o espectador é sempre em tempo-presente - não vê se não andar -, um confronto inédito dos corpos com a área que ocupa".
RMM.