Espaço museológico militar do castelo de Lamego abre durante a feira medieval
Lamego, 13 jun (Lusa) -- Os visitantes da feira medieval de Lamego, que abre na sexta-feira, vão poder visitar, pela primeira vez, o espaço museológico militar criado no castelo, no âmbito do projeto de regeneração urbana "Viver Lamego".
Com o projeto "Viver Lamego", a Câmara pretende inverter a desertificação populacional do Bairro do Castelo e atrair mais turistas, entre outros objetivos.
O castelo será "o principal polo do conjunto de espaços museológicos da zona envolvente que vão ter por missão valorizar os achados arqueológicos descobertos recentemente e que ilustram a ocupação pré-romana daquela zona", explica uma nota de imprensa da autarquia.
Com o projeto de musealização, a Câmara quer perpetuar "a vivência antiga de uma cidade com cerca de três mil anos de história" e realçar o seu passado militar.
"Na torre de menagem é criado um miradouro virtual para a cidade e a muralha exterior vai dispor das condições adequadas à livre circulação de pessoas", acrescenta.
Durante a feira medieval, que se prolonga até domingo, será também dado a conhecer o resultado dos trabalhos de remodelação e adaptação de uma antiga padaria que acolherá os Escoteiros do Grupo 49 e o novo Centro de Atividades Ocupacionais do Castelo, que surgiu da transformação de uma casa num espaço ao serviço da comunidade idosa que reside naquele bairro.
"Para além da valorização do espaço público, através da requalificação de todas as ruas e travessas, em breve a antiga cisterna de Lamego também reabrirá como centro de exposições, para além da entrada em funcionamento de outros equipamentos", avança a autarquia.
O Centro de Design e Estudos da Prata, o Centro de Artesanato, das Artes e dos Ofícios Tradicionais e o Centro de Acolhimento de Artistas são outros equipamentos que irão funcionar naquela zona da cidade.
A autarquia considera que "estas intervenções, em fase adiantada de execução, vão potenciar a componente turística e comercial do Bairro do Castelo e alavancar o fator de modernidade" no âmbito do projeto "Viver Lamego".
Orçado em dez milhões de euros e comparticipado pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional, o projeto "Viver Lamego" engloba também trabalhos já executados na Rua da Olaria, Encostinha e Largo da Feira.
Integradas no mesmo projeto, estão em curso desde meados de fevereiro as obras de regeneração urbana no chamado eixo barroco, abrangendo as avenidas Dr. Alfredo de Sousa e Visconde Guedes Teixeira, consideradas a "sala de visitas" da cidade e que representam um