Estreia absoluta ópera "Il dissoluto assolto" com libreto de Saramago

O Teatro São Carlos, em Lisboa, apresenta sexta-feira três óperas, entre elas, em estreia absoluta, "Il dissoluto assolto" de Azio Corghi com libreto de José Saramago, sob a direcção de Marko Letonja.

Agência LUSA /

Além de "Il dissoluto assolto", ópera em um acto encomendada pelo Teatro Alla Scala de Milão, sexta-feira à noite estreia em Portugal, "Sancta Susanna", ópera também em um acto de Paul Hindemith.

A terceira ópera da noite é "Erwartung" de Arnold Schonberg, apresentada pela primeira vez no palco do São Carlos em 1972.

A direcção musical deste tríptico operático é de Marko Letonja, a encenação de Andrea De Rosa Ciammarughi e o desenho de luzes de Cesare Accetta.

"Il dissoluto assolto" resulta de uma encomenda do teatro milanês que já contratara "Blimunda", inspirada no romance de José Saramago "Memorial do Convento".

"Blimunda" juntou pela primeira vez o prémio Nobel da Literatura e o compositor italiano e estreou-se em 1990.

"Il dissoluto assolto" é uma ópera inspirada na peça "Don Giovanni" de Moliére, tendo o escritor optado por um Don Giovanni mais seduzido que sedutor.

"Don Giovanni" é o terceiro projecto que reúne Saramago e Azio Corghi.

Nos principais papéis estão o barítono napolitano Vito Priante, o baixo Julian Rodescu e o barítono Gianfranco Montesor, para além da actriz e cantora Sonia Bergamasco.

Priante, 26 anos, estreou-se em 2002 na ópera de Pergolesi "La serva padrona", em Florença, e no ano seguinte venceu o Concurso Caruso.

A ópera "Sancta Susanna" conta com os principais desempenhos da soprano Tatiana Serjan e da meio-soprano Maria Luísa Freitas.

"Sancta Sussanna" baseia-se no drama homónimo de August Stramm que narra o delírio de uma freira que influenciada por um acto sensual que escutou enquanto orava se julga tentada por Satanás e acaba por pedir para ser emparedada viva como penitência.

"Erwartung" é um monodrama do austríaco Schonberg, criador do dodecafonismo, que teve a sua estreia na Ópera Alemã de Praga em 1921.

Trata-se de um peça para soprano e orquestra, com libreto de Marie Pappenheim, que relata a procura de um mulher por um apaixonado que, quando o encontra, está morto.

A Orquestra Sinfónica Portuguesa acompanha todas as óperas, bem como o Coro do Teatro Nacional de São Carlos.

Este programa é repetido dias 20, 22 e 24 às 22:00 e dia 26 às 16:00.

PUB