Lisboa, 11 fev (Lusa) - A exposição "O Fantasma de uma oportunidade" vai reunir obras de cerca de 30 artistas provenientes das coleções ibéricas de arte Sánchez-Ubiría e António Cachola, a partir de 21 de fevereiro, em Madrid, anunciou hoje a organização.
Patente até 21 de abril, no espaço La Nave - Sanchez-Ubiría, em Madrid, a exposição tem curadoria de Ana Cristina Cachola, e coloca em diálogo as duas coleções de arte, de Espanha e de Portugal.
Helena Almeida, Juan Asensio, Kader Attia, Pedro Barateiro, Bertozzi & Casoni, Joseph Beuys, Von Calhau!, Rui Chafes, June Crespo, Richard Deacon, Alexandre Estrela, Marlene Dumas, Rita Ferreira, Fernanda Fragateiro, Katharina Grosse, João Maria Gusmão & Pedro Paiva são alguns dos artistas representados na mostra.
O tema convoca o imaginário do escritor William Burroughs, a partir do seu livro homónimo, e "explora a figura do fantasma enquanto categoria operativa para pensar o contemporâneo", de acordo com a apresentação da mostra.
Obras de Candida Höfer, Igor Jesus, Svetlana Kopystiansky, Abigail Lane, Robert Mapplethorpe, Bruce Nauman, Musa Paradisiaca, Liliana Porter, Andreia Santana, Laurie Simmons e Ana Rito também serão apresentadas nesta exposição.
Convocando a ideia de fantasma, a exposição reflete sobre "o modo como as práticas artísticas contemporâneas acompanham e articulam a discussão sobre fantasmas, assombrações e espetros, entendidas enquanto entidades imagéticas que assombram, projetam sombras e agenciam assombro".
A exposição será apresentada no âmbito do programa oficial da Feira Internacional de Arte Contemporânea -- ARCO Madrid 2019, que decorre nos dias 26 de fevereiro a 03 de março.
A Nave Sanchez-Ubiría é um espaço dedicado à divulgação e apoio da cultura e da arte, através da realização de projetos e atividades de criação artística, sendo também depositária das obras da coleção de Marga Sánchez e Sebastián Ubiría, integradas em duas coleções, uma de arte contemporânea e outra de arte tradicional africana.
A Coleção António Cachola dedica-se, em exclusivo, à produção artística visual portuguesa, e conta com mais de 700 obras, dando especial atenção a artistas portugueses que começaram a produzir na década de 1980, e acompanha a criação contemporânea nacional até à atualidade.
Esta coleção encontra-se em depósito no Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE), instituição museológica com tutela municipal, inaugurada em 2007, e que se encontra desde 2015 inserida na Rede Portuguesa de Museus.