Fadista Mafalda Arnauth em digressão pela Holanda e Bélgica
A fadista Mafalda Arnauth, que no final do ano passado lançou o álbum "Diário", inicia na próxima terça- feira uma digressão que a levará a 16 palcos da Holanda e Bélgica até 12 de Fevereiro.
A criadora de "Bendito fado, bendita gente" apresenta-se terça- feira no Stadstheater, em Zoetermeer, e quinta-feira no De Massport em Venio, seguindo-se Uden, Gronmingen, Leiden, Purmerend, Breda e Den Helden.
Dia 02 de Fevereiro sobe ao palco do Stadsschouwburg Stadstheater em Middelburgo, passando a fronteira para actua no dia 04 na Bélgica, em Mol, no Centro Cultural de Getyouw.
Dia 06, de novo em terras neerlandesas, a intérprete de "Esta voz que me atravessa", canta no De Kleine Komedie, em Amesterdão, seguindo-se dia 08, o Teatro Speelhuis, em Helmond, e no dia seguinte o Schouwburg Orpheus, em Apeldoorn.
Dia 11 à noite Mafalda Arnauth - que na digressão será acompanhada por Paulo Parreira (guitarra portuguesa), Diogo Clemente e Ramon Maschio (guitarras clássicas), Marino de Freitas (baixo acústico), Miguel Gonçalves (flügel) e Ricardo Dias (acordeão) - sobe ao palco do Schowburg de Meerse, em Hoofddorp, e no dia seguinte ao do Teatro Reehorst, em Ede.
Em Março, a fadista apresenta-se nos palcos nacionais: dia 04 actua na Casa das Artes, em Arcos de Valdevez, e dia 06 na Casa da Música, no Porto.
Mafalda Arnauth editou em Outubro o seu terceiro álbum de originais, "Diário", onde canta em espanhol "Milonga do Chiado", ao lado de temas dos repertórios de Amália, Tom Jobim e Charles Aznavour.
Em declarações à Agência Lusa, a artista considerou que este álbum, o seu terceiro de inéditos, "quebra fronteiras" e "confirma a originalidade de um percurso fadista".
"Diário" é assumido pela artista como "mais intimista e revelador" da sua personalidade, partilhando "cumplicidades com o público".
Além de temas de sua autoria, onde afirma sentir-se "mais madura", Mafalda Arnauth canta inéditos de Tiago Torres da Silva ("Por dentro de mim") e numa versão de Sara Simões "Rasgo de luz", de Fran Lausen.
Do repertório de Amália Rodrigues recria os temas "Foi Deus" (Alberto Janes) e "Fado dos fados" (Leonel Neves/António Mestre).
Do compositor brasileiro Tom Jobim canta "O que tinha de serÓ" (Jobim/Vinicius de Moraes) e de Charles Aznavour "La Bohème" (Jacques Plante/C.Aznavour), um tema que traz da sua adolescência.
"Há coisas que são muito fortes e que senti ser o momento de as cantar", afirmou à Lusa, qualificando de "afadistada" a sua interpretação da canção francesa de Aznavour.