Feira Cultural de Coimbra mantém estratégia para dinamizar setor do livro

por Lusa

A edição deste ano da Feira Cultural de Coimbra, agregando outras áreas como gastronomia e artesanato ou música, para dinamizar e desenvolver o setor livreiro, decorre entre 01 e 10 de junho, no Parque Manuel Braga.

Sucessor da feira do livro, o evento reúne, desde 2014, "várias áreas artísticas" e "outras atrações" para revitalizar o setor do livro, cujo certame vinha, também em Coimbra, a perder de forma acentuada expositores, compradores e visitantes, disse hoje à agência Lusa a vereadora da Câmara de Coimbra, responsável pelo pelouro da cultura, Carina Gomes.

"A Feira Cultural alia várias áreas artísticas" e "outras atrações" para "contribuir para a dinamização" da antiga feira do livro, que "já não tinha a atividade mais adequada", sublinha a vereadora, recordando que a última edição da feira do livro (na versão anterior, mas já agregando artesanato, gastronomia e representações institucionais), em 2013, contou com 123 participantes, 29 dos quais do setor livreiro (contra cerca de duas dezenas de livreiros em 2012, ano em que a feira do livro se realizou no modelo convencional).

Os participantes no certame têm aumentado progressivamente desde 2014, atingindo 208 este ano, mais quatro do que em 2017 e mais 31 do que em 2016. Destes, 57 participantes são livreiros, quantidade igual à registada o ano passado e mais sete do que em 2016.

Além de apresentações de livros e de sessões com escritores -- previstas as presenças de Rita Ferro, María Ángeles Pérez López, Maria Toscano, Júlio Magalhães, José Viale Moutinho, Luís Filipe Torgal, Marta Dutra, António Sá Gué, Joel Neto e Maria João Lopo de Carvalho, entre outros autores -- a edição da Feira Cultural de 2018 aposta particularmente em iniciativas dirigidas ao público infantojuvenil, particularmente na promoção do livro e da leitura.

Adotando "uma política cultural agregadora e dirigida a todos os públicos", o programa da Feira Cultural reúne múltiplas iniciativas, que cruzam áreas que vão desde a literatura ao artesanato, da gastronomia à música ou às artes plásticas ou ao teatro, este ano com novo eventos, um dos quais o VinylFest, entre 08 e 10 de junho.

Reunindo lojas de vinil e equipamentos, distribuidoras e editoras independentes, nacionais, o VinylFest terá "à venda discos antigos e novos, equipamentos, `merchandising` e recordações de época", atuações de DJ, `workshops` e uma exposição de "capas dos discos mais representativos da música portuguesa".

A edição deste ano da Feira Cultural de Coimbra, envolve um investimento da ordem dos 200 mil euros, cerca de 40 mil euros mais do que em 2017. O acréscimo do investimento deve-se essencialmente à melhoria das condições de funcionamento e conforto dos pavilhões dos expositores e dos sanitários públicos, ao revestimento parcial do piso do recinto e ao aumento da quantidade e qualidade das iniciativas dirigidas ao público infantojuvenil e da animação de rua, explicita a Carina Gomes.

A introdução dessas melhorias resulta das respostas aos inquéritos feitos, pela Câmara Municipal (que é a promotora da iniciativa), a participantes e visitantes do certame durante a edição de 2017 (à semelhança do que sucedeu nos anos anteriores), acrescenta a vereadora.

Esta é mais uma iniciativa dirigida particularmente aos agentes culturais do concelho, "em prol da satisfação dos munícipes" e de "todos quantos escolhem a cidade como ponto de paragem turística nos primeiros dias de junho". Trata-se, em síntese, de uma Feira para "valorizar a cultura e para valorizar Coimbra", conclui.

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