Feira internacional de arte e antiguidades de Maastrich alarga-se ao design
Lisboa, 29 Jan (Lusa) - A European Fine Art Fair (TEFAF), uma das mais importantes feiras de arte e antiguidades do mundo, que decorrerá entre 13 e 22 de Março em Maastricht, na Holanda, alarga-se este ano à área do design.
A organização da feira internacional holandesa, este ano em 22ª edição, informou hoje, em Lisboa, num encontro com jornalistas, que está prevista a presença de 239 expositores - mais 12 do que no ano anterior - provenientes de 14 países.
Referência internacional no mercado de arte e antiguidades, a TEFAF é visitada anualmente por cerca de 70 mil pessoas, desde curadores, representantes de museus, peritos de leiloeiras, antiquários e coleccionadores de todo o mundo.
Em declarações à Agência Lusa, Ben Jansses, presidente da TEFAF, destacou que a organização está a preparar um livro sobre os 25 anos de existência da feira, criada em 1975: "mudou de nome várias vezes mas manteve os critérios de elevada qualidade na selecção das peças de arte apresentadas".
Conhecida por apresentar peças raras como pinturas de Van Gogh, Picasso ou Rembrandt, desenhos, mobiliário, escultura, arte oriental antiga e joalheria, o certame alarga-se este ano à área do design, com uma secção que lhe é totalmente dedicada.
"Esta nova secção dedicada ao design do século XX visa o reforço da posição da feira no mercado de arte", assinalou o presidente deste certame, que apresentará algumas obras emblemáticas criadas por George Nakashima, Paul Evans, Wofgand Bauer, Frits Henningsen, Alvar Aalto, Poul Kjaerholm e Jorgen Hoj.
Questionado pela Lusa sobre o impacto da crise económica mundial na afluência de visitantes e volume de vendas de obras arte nesta 22ª edição da TEFAF, Ben Jansses admitiu que "os tempos estão difíceis para todos".
"Preferimos apostar em novas áreas, como o design e a fotografia, para atrair novos públicos, e, por outro lado, quando as feiras estão, neste momento, a receber menos expositores, nós aumentámos a presença de galerias", sublinhou o presidente do certame.
Recordou que, em 2008, a TEFAF recebeu 78 mil visitantes e um total de 220 museus de todo o mundo, que se fazem representar na feira todos os anos para comprar obras de arte.
A organização apontou ainda que, se, por um lado, a quebra no mercado de arte afastou alguns coleccionadores norte-americanos, tem vindo a notar-se a presença cada vez maior de compradores russos, asiáticos e brasileiros.
Entre as obras de destaque que serão mostradas na feira de arte e antiguidades de Maastricht contam-se quadros de Lucas Cranach (1534), fotografias de Man Ray (1926), uma peça de mobiliário criada por William Vile, uma rara escultura em madeira de Ossip Zadkine e uma garrafa chinesa em bronze.
AG.
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