Festival José Afonso em Coimbra sob signo da música celta

O Festival José Afonso, dedicado este ano à música celta, arranca hoje à noite em Coimbra com a actuação do grupo Llan de Cubel, das Astúrias (Espanha).

Agência LUSA /

Em actividade desde 1984, os Llan de Cubel têm, segundo os organizadores, "uma maturidade, criatividade e técnica musical notáveis" e são "uma das maiores bandas de música 'folk' espanhola".

Os espectáculos do Festival José Afonso realizam-se hoje, sexta-feira e sábado e ainda nos dias 22 e 24 de Junho, sempre no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), às 21:30.

O músico Manuel Rocha, consultor artístico do festival, promovido em conjunto pela Câmara Municipal de Coimbra e pelo TAGV, sublinhou hoje, em declarações à agência Lusa, que ao dedicar esta edição à música celta, a organização adoptou "uma linha coerente e um percurso" criativo com o qual José Afonso, falecido em 1987, poderia também identificar-se.

Realçando o "exemplo de cidadania" do autor de "Grândola, Vila Morena", Manuel Rocha disse que a autarquia e o TAGV, ao definirem o programa, quiseram ainda responder à seguinte pergunta: "Se José Afonso fizesse hoje um festival de música, o que é que ele faria?".

A música celta, que tem actualmente autores e intérpretes em diferentes continentes, "seria também um caminho que ele seria capaz de trilhar", acrescentou o violinista da Brigada Vítor Jara.

La Bottine Souriante (Canadá) e Dervish (Irlanda) são os grupos que se apresentam sexta-feira e sábado, respectivamente, no Teatro de Gil Vicente.

No dia 22, actuam os Realejo (Portugal) e Kornog (Bretanha, França) e, no dia seguinte, os Berroguetto (Galiza, Espanha).

O Festival José Afonso encerra a 24 de Junho, dia de S. João, com os grupos Galandum Galundaina (Portugal) e Shooglenifty (Escócia, Reino Unido).


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