Fica na história como "grande artista portuguesa", diz Sérgio Mah

por Lusa

O curador Sérgio Mah disse hoje que Helena Almeida é uma artista com uma obra muito vasta e muito idiossincrática, e considerou que "vai ficar na história como uma das grandes figuras da arte portuguesa".

Sérgio Mah reagia assim à agência Lusa à morte da artista plástica Helena Almeida, que ocorreu hoje, aos 84 anos, em Lisboa, como adiantou a Galeria Filomena Soares, que a representa.

É de lamentar a morte de uma artista portuguesa "que tem um papel fundamental na arte contemporânea em Portugal, sobretudo desde o início do seu percurso, em finais da década de 1960", acrescentou Sérgio Mah.

Para o docente universitário e investigador, professor de fotografia e arte contemporânea, a artista plástica "teve um papel decisivo no repensar da natureza e do horizonte da prática da pintura", tendo ainda privilegiado a fotografia.

Helena Almeida é, pois, uma artista que marca muito a relação e a contemporaneidade das artes em Portugal, comparando até com o panorama internacional, frisou o investigador, um dos curadores da representação portuguesa na Bienal de Arquitetura de Veneza.

Sérgio Mah frisou ainda que a artista plástica tem uma obra que é possível relacionar com tendências importantes no panorama internacional, não apenas por ser mulher, mas também por ter trabalhado áreas que vão da autorrepresentação à fotografia.

"É uma artista com uma obra muito vasta e muito idiossincrática e vai ficar na história como uma das grandes figuras da arte portuguesa", reforçou Sérgio Mah.

Nascida em Lisboa, em 1934, Helena Almeida criou, a partir dos anos 1960, uma obra multifacetada, sobretudo na área da fotografia, tornando-se uma figura destacada no panorama artístico português contemporâneo.

A exposição "O Outro Casal. Helena Almeida e Artur Rosa", sobre a obra de Helena Almeida, centrada nos registos em que aparece com o marido, também artista, Artur Rosa, foi inaugurada em junho na Fundação Arpad Szenes Vieira da Silva, em Lisboa, onde esteve patente até até ao passado dia 09.

Em Madrid, a galeria Helga de Alvear, inaugurou a mostra "Dentro de mim", no passado dia 20.

A sua obra está presente em coleções portuguesas e internacionais como: Coleção Berardo, Lisboa; Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação Serralves, Porto; Centro de Artes Visuales, Fundación Helga de Alvear, Cáceres; Fundación ARCO, Madrid; Hara Museum of Contemporary Art, Tóquio; MEIAC - Museo Extremeno e Iberoamericano de Arte Contemporáneo, Badajoz; Museu de Arte Contemporânea de Barcelona; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid; MUDAM - Musée d`Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo; Tate Modern, Londres.

 

 

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