"É uma grande exposição que tem a dança como tema aglutinador", destacou hoje Catarina Sobreiro, responsável pela Galeria Municipal Paços do Concelho de Torres Vedras.

A exposição está cronologicamente dividida em duas: numa estão patentes 33 reproduções de telões e figurinos concebidos para o bailado Le Tricorne (1919) e noutra 22 gravuras alusivas à dança e correspondentes à última fase da vida do artista (1968-71).

A exposição mostra ainda algumas imagens do bailado Le Tricorne, reposto na ópera de Paris em 1992.

A iniciativa foi hoje apresentada no âmbito de uma parceria entre a Câmara Municipal de Torres Vedras e a Fundação D. Luís I, que estabeleceu, por sua vez, um protocolo com a Fundación Bancaja, de Valência (instituição bancária espanhola proprietária da colecção gráfica Pablo Picasso).

"A exposição vem a Portugal para estar em Cascais (onde está até domingo) e em Torres Vedras", disse Joaquim Monclús, director da Fundación Bancaja, acrescentando que "as gravuras circulam constantemente por todo o mundo".

A exposição estará patente de segunda a sábado das 09:30 às 19:00 e a entrada é livre.

Os interessados em visitas guiadas ou noutras actividades, como ateliers, desenvolvidos no âmbito da exposição, estão sujeitos a marcação prévia.

Esta é a segunda vez que Torres Vedras recebe uma exposição de Pablo Picasso.

Há dois anos estiveram em exposição sessenta gravuras realizadas por Picasso na fase final da sua vida.

A exposição "El Contemplador Activo" mostrou um conjunto de gravuras produzidas pelo pintor andaluz entre 1966 e 1968.

O presidente da câmara, Carlos Miguel, afirmou que o objectivo da autarquia é ter no espaço da Galeria Municipal "uma a duas exposições anuais de referência nacional e internacional", adiantando que espera receber uma exposição da pintora Paula Rego até ao final do ano.

ZO.

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