A película ganhou o Grande Prémio de Ambiente, no valor de 2.000 euros, adiantou à agência Lusa Mário Jorge Branquinho, diretor do certame, que hoje terminou em Seia.

Segundo o responsável, "Última Chamada - O Que Ainda Não Foi Contado Sobre a Crise Global" faz "uma abordagem global de um problema que envolve todos os cidadãos, poder político e as empresas, numa releitura atual do bestseller `Os Limites do Crescimento`, publicado em 1972, por iniciativa do Clube de Roma, sobre economia global e sustentabilidade".

O Prémio da Lusofonia foi atribuído a "Neram N`Dok", dos realizadores portugueses Luís Melo, Diogo Ferreira e Emanuel Ramos. Trata-se de "um filme sobre como a governação participativa, pode ajudar a melhorar as condições de vida das populações, na área marinha protegida das Ilhas Urok, na Guiné-Bissau", adiantou.

Na Competição Internacional de Longas-metragens foram entregues o Prémio de Educação Ambiental a "Mbeubeuss, O Terreno Fértil Para a Esperança", de Nicolas Sawalo Cissé (Senegal), e o Prémio de Antropologia Ambiental a "Costa da Morte", de Lois Patiño (Espanha).

Na Competição Internacional de Curtas-metragens, o júri atribuiu por unanimidade o prémio principal a "Limite Zero", de Helena Hufnagel (Alemanha) e o prémio das obras televisivas a "Zero Waste", de Raffaele Brunetti (Itália).

O Prémio Lusofonia/Panorama Regional distinguiu "Outono", de Marco Amaral (Portugal), um filme rodado na região da Serra da Estrela "sobre o despovoamento do interior do país, através da história de uma criança que para ir à escola tem de percorrer uma grande distância e um caminho quase desconhecido", disse Mário Jorge Branquinho.

O Júri da Juventude atribuiu o seu prémio principal a "Virunga", de Orlando von Einsiedel (Reino Unido).

O diretor do CineEco faz um balanço positivo do festival, que decorreu entre os dias 11 e 18 deste mês em Seia, na Serra da Estrela, com 75 filmes em competição.

Mário Jorge Branquinho adiantou que "mais de seis mil espetadores" passaram pelas salas do evento, sublinhando que a adesão de espetadores foi "muito significativa e crescente, relativamente a edições anteriores".

"Estes números revelam que o festival já criou o seu público e vai fazendo o seu caminho de afirmação como grande acontecimento cinematográfico, de natureza cultural e ambiental no interior do país", concluiu.

O festival, organizado pela Câmara Municipal de Seia, também integrou, entre outros momentos, uma homenagem ao realizador Carlos Brandão Lucas.