Fundação Alentejo Terra-Mãe mostra "Infinitudes da Cor" em Évora
"Infinitudes da Cor" é a exposição de pintura, da autoria de João Moniz, a inaugurar sexta-feira na Fundação Alentejo Terra-Mãe, em Évora, revertendo uma percentagem das vendas a favor de crianças em risco social.
Segundo a Fundação Alentejo Terra-Mãe, a mostra, constituída por três dezenas de óleos e colagens sobre tela, que constituem uma antologia do mais recente trabalho do pintor, é inaugurada às 17:00 e vai estar patente ao público até ao final do próximo mês.
O conjunto de trabalhos inclui várias obras praticamente inéditas de João Moniz, nascido em Lisboa, mas com ascendência familiar em Vila Viçosa, que já realizou mais de meia centena de exposições individuais, desde o início dos anos 70.
Citado pela Fundação Alentejo Terra-Mãe, Francisco Soares, escritor, crítico literário e professor na Universidade de Évora, considera que as obras de João Moniz, marcadas pelo predomínio de uma restrita gama cromática sobre fundos sempre brancos, transportam para as paisagens do Alentejo.
Formada por pares de composições (dípticos), com os mesmos fundos lácteos, a mostra "Infinitudes da Cor" marca, contudo, uma nova fase na produção do pintor, que regressa a uma maior intensidade sobre a cor.
João Moniz frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio, na capital portuguesa, e a Escola Nacional Superior de Belas Artes da capital francesa, assim como o atelier do mestre parisiense Gustave Singier.
Além das exposições individuais em galerias e centros culturais de Portugal e da Europa, o pintor também tem marcado presença no Oriente, nomeadamente em Macau e Hong Kong, tendo participado ainda em cerca de 60 mostras colectivas.
Representado em numerosas colecções de Portugal (Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Serralves, Fundação Cupertino de Miranda e Caixa Geral de Depósitos), Europa, Estados Unidos e Ásia, João Moniz esteve presente, igualmente, em prestigiados salões e feiras de arte internacionais.
A Fundação Alentejo Terra-Mãe acrescenta que, fruto da mostra que vai estar patente em Évora, 30 por cento das receitas resultantes da venda das obras vão reverter para iniciativas e instituições alentejanas de apoio a crianças em risco social ou abandonadas.