Lisboa, 14 Dez (Lusa) - A atribuição do Prémio Pessoa a Irene Pimentel "valoriza a historiografia praticada por mulheres", disse à Lusa o historiador António Reis.
Para o historiador, professor de mestrado da galardoada, o Prémio Pessoa "é um incentivo para todos os novos historiadores, nomeadamente as mulheres, pois a historiografia é ainda uma comunidade onde a dominante é masculina".
Reis realçou as capacidades de investigação de Irene Pimentel, que "tem tido uma obra muito interessante, especialmente dedicada ao período do Estado Novo [1933-1974]".
Irene Pimentel, 57 anos, é autora de vários trabalhos sobre o Estado Novo, o mais recente dos quais, "Mocidade Portuguesa Feminina", foi lançado esta semana.
Na obra, editada pela Esfera dos Livros, Irene Flunser Pimentel traça a história deste movimento, que era obrigatório para mulheres dos sete aos 14 anos, através de duas publicações, o Boletim da MPF e a revista Menina e Moça.
Irene Flunser Pimentel licenciou-se em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, em 1984, concluiu o Mestrado em História Contemporânea e este ano terminou o seu Doutoramento sobre a PIDE/DGS, Polícia Política do Estado Novo (1945-1974).
Foi editora da revista História até final de 2001.
NL.
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