A Leya, criada no início deste ano pelo empresário Miguel Paes do Amaral, assinou segunda-feira à noite o contrato promessa de compra e venda com o grupo Explorer Investments, que tinha adquirido, em 2006, o Grupo Oficina do Livro.

Em comunicado, o grupo Leya explica que com esta operação reforça a sua "liderança em termos de volume de negócios" e consolida a estratégia de "criar um grupo com dimensão internacional no campo da Língua Portuguesa".

Quanto às editoras do grupo Oficina do Livro, o grupo de Paes do Amaral garante que manterão a identidade e independência editorial, elogiando-lhes a rentabilidade e a "agressiva dinâmica editorial, de marketing e comercial".

António Lobato de Faria mantém-se como director-geral do grupo Oficina do Livro, que edita autores como Miguel Sousa Tavares e Margarida Rebelo Pinto.

Do grupo Leya fazem parte as Edições ASA, Caderno, Caminho, Dom Quixote, Gailivro, Livros d`Hoje, Lua de Papel, Nova Gaia, Oceanos, Texto Editores, Ndjira (Angola), Nzila (Moçambique), às quais se juntam agora a Oficina do Livro, Casa das Letras, Teorema, Estrela Polar e Sebenta.

Com este negócio, o grupo Leya consolida a posição de maior grupo editorial português, editando autores como José Saramago, António Lobo Antunes, Mário de Carvalho, Lídia Jorge e Mia Couto.

Em Janeiro, quando o grupo Leya foi apresentado, o empresário Miguel Paes do Amaral garantiu que não estava a comprar estas editoras para posterior venda.

"A venda não faz parte da minha agenda. A minha agenda é construir", sublinhou o empresário.

O grupo editorial Leya projecta editar este ano mil novos títulos e facturar 90 milhões de euros.

SS.