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Hemeroteca digital reúne 162 anos da história do Algarve até final do ano

por Lusa

Faro, 11 jun 2019 (Lusa) - A hemeroteca digital do Algarve, que vai disponibilizar milhares de páginas de revistas e jornais algarvios publicados entre 1808 e 1970, deverá estar concluída até ao final do ano, disse hoje à Lusa a coordenadora do projeto.

O concurso público para a execução do projeto foi publicado hoje em Diário da República, depois de este ter sido um dos cinco projetos selecionados, no Algarve, ao abrigo do Orçamento Participativo de Portugal de 2017, ao qual foi atribuída uma verba de 200 mil euros, para uma execução em dois anos.

Segundo explicou à Lusa Patrícia de Jesus Palma, o concurso foi lançado devido à impossibilidade interna de a Biblioteca Nacional tratar "as 300 mil imagens dos 400 títulos, até ao final do ano, prazo em que termina o projeto", que abrange um período de mais de um século e meio de publicações.

A coleção de periódicos do Algarve está dispersa por todo o país e, embora 70% dos jornais e revistas da região publicados nesse período (1808/1970) estejam à guarda da Biblioteca Nacional, muitos estavam sem paradeiro.

"Desde 2017 houve um trabalho de levantamento, feito pela Direção Regional [da Cultura] e pela Universidade do Algarve, da existência e local de 30% dos exemplares que estão espalhados pelo país, em coleções públicas ou privadas" revela.

O projeto decorre há mais de um ano, sob coordenação da Universidade do Algarve, em parceria com a Direção Regional da Cultura e a Biblioteca Nacional, que é a entidade responsável por todos os projetos de digitalização em Portugal.

A intenção é obter uma coleção o mais completa possível, para se proceder à sua digitalização, de forma a que o acervo histórico "passe a estar disponível para todos", acrescenta a investigadora.

Com a publicação do anúncio poderá concluir-se a digitalização de todos os documentos, para que, "em novembro ou dezembro deste ano, o `site` possa estar `on-line` e seja possível fazer as consultas", adianta.

A ideia de criação de uma hemeroteca digital no Algarve partiu da Fundação Manuel Viegas Guerreio, sediada em Querença, no concelho de Loulé, distrito de Faro.

Na proposta, a Fundação justificava a importância do projeto com o facto de a região possuir centenas de títulos de publicações periódicas de âmbito público, desportivo, turístico, religioso, de associações de classe, de feição comercial, que "registam cerca de 180 anos da história do Algarve".

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